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domingo, 4 de janeiro de 2009

O quarto vazio, mais do que nunca...
No sofá, roupas jogadas, o violão (que não é meu), na estante a tv (que não é minha), o computador...
O espelho que me mostra que mudei pouco, o cabelo sem corte, uma espinha nova, a marca do óculos de aro largo...
Na boca uma lembrança, ou duas...
Livros, livros e livros... Pelo menos me deixam contente...
Cds, dvds, o celular, um pacote de folhas que comprei ano passado...
Lembranças tão recentes que não deveriam reavivar lembranças antigas...
Se procurar nos cantos, nas gavetas, memórias de passados distântes, recentes, que não passaram ou que não aconteceram... Mas minhas lembranças... E me compõem, e me formam, e me significam...
Eu estou por todos os cantos do meu quarto, na gaveta de roupas vazia, no pijama que ainda não foi lavado e que se esconde no armário, nas mil e uma caixas que estão abarrotadas de momentos, nas mensagens do meu celular, nas fotos do álbum...
Estou aqui... Mas talvez não queira estar... Queria estar meio longe, e só... Sem as lembranças físicas... Só com o sentimento... Pra poder ter uma distância segura para avaliar, remodelar e reescrever a minha história.
Se fôr pra lembrar com dor, é melhor esquecer...
Então...
Reestruturo o meu quarto.
A minha mente.
A minha vida.
Eu.

Um comentário:

  1. Não se esquece o passado
    e mesmo com a dor das lembranças, vale mais se conformar e esquecer A DOR do que as lembranças.
    acredite, mais tarde, se você as esqucer, pode se arrepender, as vezes de uma pessoa tudo que temos é lembranças e quando o fim é trágico, mesmo que com dor, tudo que queremos são elas. Nada além delas.

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