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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

aguaceiro


sinto algo estranho porém muito familiar
tem alguns dias que os minutos e segundos estão passando errado.
ou o ar que entra nos meus pulmões é tão pesado que me arrasto pelos cantos
tudo fora do lugar e eu ali no meio da tempestade
alguma coisa pesa meu peito e não consigo me mover sem antes entender o que está acontecendo.
pensamentos enxurrada me levam
coração palpita e eu suplico para que ele me conte o que é
minha boca diz coisas como ansiedade, estresse, mas o coração acena que não
eu não entendo o que ele diz, meu coração conversa diferente, ele não sabe palavras ou língua falada alguma na terra
sinto que ele grita, frustrado por não entregar sua mensagem
a boca continua usando palavras demais, os olhos dizem lágrimas e meu estômago diz apertos. a pele puro arrepio.
para a nossa salvação, meu corpo e eu, a cabeça pensa imagens de você
as mãos sentem os vazios da sua falta
faz um tempo que o corpo não se revolta assim completamente contra mim
outra onda vem, eu diminuto nesse aguaceiro, sou jogado de um lado para o outro.
busco respirar evitando que me afogue e dialogo com todo meu eu.
então conto, buscando toda paz que consigo encontrar, o que acredito ser o motivo de tanto caos. isso é carência, fazem dias que sinto essa falta presente nas horas que correm, que você não sai da minha lembrança, que isso tudo é saudade, que por melhor que seja a intenção desse motim, não posso fazer nada se todos eles não estiverem na mesma frequência.
percebo o quanto todas minhas partes prestam atenção no que digo. sinto aos poucos a melhora do tempo, a calmaria que vem chegando.
explico que mesmo longe, você está. você existe, você é.
concordo comigo, é difícil as vezes sentir tanto e não dar vazão pra tudo isso guardado dentro de mim. as lembranças, os sabores, os momentos.
me contraponho, por mais que os dias passem, os meses se alonguem, a gente não se fale. por mais que tudo pareça caótico e eu não diga com a frequência que vivo o sentimento, eu sinto. o amor que te ama, está.
eu sei que você me ama e eu amo esse amor

quarta-feira, 26 de julho de 2023

abl

quando eu sonho minha boca ainda está ali, naquela curva da tua cintura, no mesmo lugar que você se derretia em meus braços e eu era o cara mais feliz do mundo
quando eu sonho são com tuas palavras, ditas aos pés dos meus ouvidos, sussurradas em segredo na nossa cama, que era tua mas que você insistia em dizer nossa com medo de que eu não me sentisse a vontade ali
e era você quem me fazia sentir a vontade em tudo que era extensão tua
teu escritório, tua cozinha, teus planos
e como eu estive nos teus planos
eu te olhava por toda a noite enquanto você tentava decifrar tua letra escrita corrida entre um intervalo e outro do trabalho
eu te abraçava por trás e ficávamos ali madrugada afora vendo ‘f’s ou ‘g’s, ou seria um ‘t’? e "meu ‘t’ não é assim pq é diferente quando eu escrevo o teu nome e teu nome tem dois então escrevo grande e pequeno."
quando eu sonho eu não sei mais se lembro ou se invento
porque ali teu gosto estava, a resistencia da tua cintura nas minhas mordidas existia, o cheiro que você me dava no cangote era sentido e até o teu bafo de acordar tava lá. bafo que nunca me incomodou e que muito faz falta quando acordo desses sonhos sem você
ultimamente tenho tido muita dificuldade quando levanto e você não está
fica parecendo que foi tudo só na minha cabeça
e eu não tenho como te ligar
eu não posso falar com você pq eu sei que eu errei, e errei feio, e eu não tenho bolas pra te olhar e ver de novo a decepção que eu vi nos seus olhos sabendo que eu era o responsável por isso
não posso falar com você porque eu sei que vou me rastejar de volta pra tua vida e vou passar os dias te convencendo que eu ainda sou o mesmo, e mesmo que ainda seja o mesmo, foi esse mesmo que pisou na bola e te fez chorar. você não me deixou ver, mas eu sei quando você chora, você fica um dia inteiro com o nariz escorrendo e naquele dia que eu fui embora eu podia ver você toda hora limpando o nariz. mas você, pode ser que me deixe de novo entrar na tua vida, e vai ser bom, porque a gente era bom juntos, a curva da tua cintura vai estar lá, a minha boca ainda vai buscar teus gostos, talvez a gente volte ao compasso que sempre foi nosso. mas tenho medo porque ainda sou o mesmo, e você? eu não sei se você ainda é a mesma. espero que tenha encontrado paz.
eu? eu ainda procuro a curva da tua cintura, aquele pedacinho que meus lábios sempre procuraram, onde depois de uma mordida suave eu via o arrepio que percorria teu corpo, aquele gosto de você que me fazia querer sempre mais, o carinho na nuca que me colocava pra dormir no teu abraço, todos aqueles momentos de nós dois, nossos lábios que não se desgrudavam, teus braços e os meus. minhas pernas e as tuas.
quando eu sonho com você, e eu sempre sonho com você, é pra aqueles momentos que eu volto. escrevo tudo isso pra te contar que nunca te esqueci, mas não tenho como te contar. aí as cartas vão ficando na gaveta, o telefone nunca disca teu número que eu não tenho e eu me pergunto se eu lembrei ou inventei que na tua cintura tem um lugar que eu gosto de morder, que você gosta quando eu mordo e que na tua boca a minha já foi mais feliz.

sábado, 22 de julho de 2023

Crescer

 Can we talk again - Purple Kiss


Como é que faz pra saber 

Onde procuro as respostas

Sentimentos tão grandes e tão vazios

Parece ontem mas faz tanto tempo

Tanto tempo que não sinto a leveza dos dias indo de encontro com as horas

A gente era tão mais simples

Ansiosos por crescer

Cheios de expectativa

De tudo que podíamos ser


Quando foi que os minutos passaram tão rápido

Um mundo girando a 465 metros por segundo

Distâncias colossais percorridas enquanto estávamos sentados ali

Sem medo nenhum do futuro

Ouve, esse silêncio entre a gente era tão gostoso

Hoje não paramos de falar, pra tentar compensar os kilômetros de distância

Entre o que fomos ontem e o que nos arrependemos amanhã.


Era tão fácil gostar de você, porque era tão fácil gostar de mim

Agora eu encaro esse espelho encardido do que poderia ter sido

Onde é que encontro essas respostas, antes tínhamos tantas certezas

Crescer é um passar de tempo, o passar de tempo é um se afastar.

Onde estive ontem? Perdi-me dentro de mim

Te perdi dentro de mim


Esses sentimentos pequenos e tão intensos

Dias carregados ocupam toda a atenção

Não espero

Entendo que toda a cor que vejo é consequencia do que fui


Alguns dias são mais cinzas, outros uma explosão de cor

E nessa linha tênue de oposições vou construindo minha existência

Suave e áspera.


quinta-feira, 20 de julho de 2023

Primeira vez

A primeira vez que te vi parecia um sonho, talvez até tenha sido
Porque eu te vejo mesmo com os olhos fechados.

Na primeira vez que te vi lembro de uma empolgação crescente no peito, o coração que parecia querer saltar da garganta, lugar este que ocupava no momento.

Na primeira vez que te vi senti um tremor nas mãos quando fui te dar oi e uma sensação de incompletude quando me despedi.

A primeira vez que te vi parecia um sonho porque aquele teu cheiro não parecia desse mundo e me deixava tonto, mas era um tonto bom.

A primeira vez que te vi tem gosto de tangerina e o calor forte do sol
Uma brisa fresca e nuvens esparsas com formatos divertidos.

A primeira vez que te vi, a terra parecia estar girando mais depressa, tudo parecia mais apressado. As pessoas, os pássaros, os barcos passando. Menos nós dois, ali, parados, sentados à margem do rio. Só aquele momento me importava.

A primeira vez que te vi tem um sorriso largo, olhos em sorriso e uma leve timidez que desde então parecem fazer parte da minha vida desde o início dos tempos.

A primeira vez que te vi agora parece uma ocupação, porque a casa que era meu peito recebia uma nova moradora, você, e eu torço pra que permaneça.

A primeira vez que te vi foi um sonho porque eu te vejo com os olhos fechados. Quando me deito cheio de saudade.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O jardim.

Elas brigavam por causa de um jardim.

Deixe-me explicar, elas eram um casal... Ou pelo menos pareciam quando estavam juntas... Mas não vim contar sobre a relação delas, vim falar do jardim, e da briga que tiveram por causa dele.

Chamaremos uma de Marte e a outra de Vênus, pra demonstrar as diferenças.

A história é a seguinte, Vênus tinha um jardim, no apartamento térreo de um prédio de vinte andares, um belo e grande jardim. Marte morava no mesmo prédio, na cobertura.

Mas Vênus era muito ocupada pra dar a atenção que o jardim merecia, então Marte perguntou se poderia ela, cuidar do jardim.

Todos os dias, Marte entrava pelos fundos do prédio, direto no jardim, e passava horas por lá, regando, plantando, adubando e mais que tudo dando atenção pro lugar.

Vênus viajava, trabalhava e continuava com sua correria, encontrava Marte apenas quando estava em casa, normalmente correndo, e ia para o jardim.

Não comecem a pensar que Vênus era uma desnaturada, ou ingrata... Não, ela realmente não tinha tempo, e era muito grata a Marte por cuidar, com tanto carinho, do seu jardim.

Um dia porém, Marte chegou ao jardim e tudo estava diferente. As plantas, os vasos, as mesas, tudo! Tudo fora dos lugares que Marte havia colocado. Ela ficou furiosa, mas decidiu procurar saber o que tinha acontecido.

Quando Vênus chegou, ela perguntou o que havia ocorrido, quem tinha mexido no jardim. Mais ainda, quem tinha mexido, sem avisar, no jardim que ela cuidava.

Vênus respondeu que era uma amiga, chamaremos de Júpiter. Sem explicações para escolha do planeta que a nomeia.

Retomando, Vênus disse que sua amiga Júpiter havia ficado em sua casa e decidido cuidar também do jardim, disse ainda que Marte devia era ficar contente em ter alguém pra dividir o trabalho com ela.

Marte retrucou perguntando se Vênus nunca havia reparado em nada no jardim.

Vênus disse que adorava o trabalho de Marte ali, mas que eram só plantas, não precisava tanto drama por causa de algumas mudanças.

Enquanto brigavam, Marte recolocava tudo no lugar e Vênus ia se irritando com tanto drama, tanta tempestade. Não entendia porque Marte havia ficado tão brava, e atribuiu isso a ciúmes.

Vênus ameaçava ir embora, tinha muitos compromissos e não podia se atrasar por mero ciúmes infantil. Mas ficou até Marte acabar de reorganizar suas plantas.

Quando terminou Marte, mais calma, pegou Vênus pelas mãos, e calmamente deu uma volta no jardim explicando todo o cuidado no trato das plantas e agora reproduzo suas falas:

- Aqui eu plantei roseiras, margaridas, crisântemos, algumas violetas, alecrim, louro e outras folhas perfumadas, no centro do jardim há uma dama da noite, por que eu sei que você gosta do cheiro... Todos os dias eu entro e dou amor a elas... Elas não podem me responder, mas a cada dia vejo que a resposta delas está na beleza que emana de cada uma delas. Eu cuido do jardim pensando no que você gostaria que tivesse. Eu cuido dele como se cuidasse de você. Todos os dias eu rego de carinhos, tentando que esses carinhos cheguem até você. Todos os dias eu espero você perceber ou comentar alguma coisa mágica. Mas vivemos depressa demais e nem sempre conseguimos acompanhar a lenta dança da magia.”

Ainda de braços dados com Vênus, Marte a guiava até o elevador, subiam para o terraço, onde morava.

- Nesse todo tempo em que cuido do jardim, espero que você perceba uma surpresa. E não é ciúmes, ou puro drama a minha chateação com as mudanças.

- Por mais que moremos no mesmo prédio, as vezes te sinto muito longe, então pra matar a saudade eu fico ali, no jardim, plantando o que me lembra você. Cuidando do que me faz te sentir por perto. Mas não posso ficar o tempo todo por lá, então descobri uma forma de te sentir aqui de cima também.”

Então, debruçando sobre o parapeito do terraço, ela apontou pra baixo, onde ficava o jardim. Indicando que Vênus devia olhar.

Quando se debruçou também, Vênus pode entender a raiva de Marte... Cada planta, cada cor, cada forma ali em baixo eram completamente naturais, comuns quando se estava lá, perto. Dentro. No meio do jardim. Eram belos, mas não passavam de plantas aos olhos comuns, ali de cima ela pode entender a mágica. Organizado do jeito que estava, o jardim formava uma imagem, um rosto... Vênus podia ver, era o seu rosto que se formava. Uma lembrança vaga do seu rosto que ia mudando a frente dos seus olhos, ficando cada vez mais parecida com ela... Parecia até que sorria... Vênus enfim viu a mágica.

Elas brigavam por causa do jardim... Mas ali de cima, já não tinha importância essa briga.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Será que ainda?

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando. Por isso eu te liguei.
Mas esse sonho tive acordada. E acordei de uma fantasia que criei pra me proteger.
Te liguei chorando pra pedir ajuda. Pra me tirar dessa fortaleza sem cores sem cheiros e sem vida em que me enfiei...
Pedir que me tire de dentro de mim mesma.
Ou que ajude a colorir esse lugar.

Acordei chorando e te liguei pra contar o que eu descobri.
Esse sonho ruim que tive acordada me mostrou, me abriu os olhos, pr'eu ver que não consigo sozinha, e nem preciso.
Acordei pra ver que eu só sou sozinha se eu quiser.
Então liguei pra dizer que não quero.
Sozinha.
Quero junto, quero ajuda...
Me tira desse inferno que me meti?
Me tira de mim...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

P(art)icipo

Participo
Ativamente
Desse devaneio louco
Essa entrega nova do novo e de novo
Ativamente, participo desse devaneio novo, nessa entrega louca e de novo
E de novo
E de novo...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

phoenix

Faz muito tempo que não te falo. É que tanta coisa aconteceu na minha vida. E não tem ideia de como estou mudada. Eu queria te dizer que tudo vai bem, que estou feliz, que não choro as vezes...
Mas isso não posso. Um dia eu vou estar feliz, vou sorrir com mais facilidade e não vou chorar por esses motivos.
Sabe, eu quis te escrever antes, desculpe a demora. Mas talvez fosse melhor falar só agora, é que as vezes é bom guardar algo que seria dito e esperar a hora certa.
Pode parecer cruel ou frio, mas muitas vezes é cuidado.
Não sei mais. Me perdi em pensamentos ao ouvir uma voz familiar. Me perdi dentro de mim mesma, dentro de coisas que pareciam tão...!
Um suspiro me põe de volta ao regular. Regular porque não está mais fantástico. Pareceu que seria de outra forma, mas talvez não estivesse preparada. Ou segura. Ou.
Pareço estar um pouco perdida. Talvez porque o esteja. Mas eu sei que estou perdida ao mesmo tempo que sei onde estou.
Não digo que é fácil...
Engraçado, agora pensei na raposa. Sabe? A do pequeno príncipe? Pensava na felicidade... Acho que minhas quatro horas ainda vão chegar... Talvez... Não quero me encher de esperanças... Mesmo que uma pessoa sem esperanças seja por demais triste.
É que não quero me encher demais em esperanças e deixar de viver. De sentir...
O que eu queria mesmo...

Nem eu sei ao certo...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Derr[amar]

Tenho saudade constante...
Já sofreu disso?

É um querer sempre mais, sempre mais e sempre mais...

E isso, pra lhe ser sincera, me dá muito medo.

E eu tento me segurar, me controlar... Digo, segurar esse sentimento, esse querer sem fim!

Tenho sofrido desse mal a muito tempo... E sinto informar... É pra sempre...
Não tem cura e dizem até que se morre disso. Mas aí o nome muda... Dizem ser "morrer de amores"...

Morrer... Sim, parar de respirar. Eu até hoje ao vê-la morro. Pra renascer logo depois, sim. Mas morro. Fico um segundo, um milésimo, que seja! Sem respirar...
Ah! e também morro, assim, por tempo curto, quando ela sorri... É tão bonito! Minha palavra emudece com a beleza, e morro assim, em silêncio.

Mas quer saber quando essa morte parece ser infinita? Quando vejo seus olhos transbordarem por alguma tristeza. Dói, aperta! "Porque? Não! Não deves nunca sentir dor!"
Se eu soubesse como fazer com que não sentisses dor!
Eu a amo.
Fato.
Real.
E verídico.
E de credibilidade comprovada.

Mas é que esse morrer, e esse mais insensato medo de morrer, morrer de dor, me faz errar.
Me faz chorar.
E me faz ter mais medo.

É assim sabem? O medo traz mais medo. Como segurança traz mais segurança... As coisas similares se atráem também... Não achem que são só opostas!

Mas voltando. Nessa saudade constante, nesse morrer, eu perco o equilíbrio. Perco porque não me conheço suficiente pra controlar.
Mas tento! E tenho tentado, fazer com que seja eterno e que valha a pena!
Vale!

Eu venho aqui, falar pra vocês, o que queria falar com ela. Assim, olhando nos olhos!

Me desculpa por morrer de amores por você? Mas morro! Não consigo controlar!
Você sabe, e eu sei também, que é sentimento forte demais pra ser dominado, então a gente deve descontoladamente dominar o indominável... E assim vou seguindo... Tentando controlar uma força, que sim!, é maior, bem maior que eu. Maior, bem maior que tudo! Maior, muito maior do que esse nada que está, envolve e é o tudo.
Me desculpa por essa insensatez, essa louca insensatez, que muitas vezes fazem coisas que não coicidem com a minha vontade.
Você sabe, e eu sei também, que cada dia é uma prova, é uma chance de fazer acontecer. Fazer dar certo, que é uma escolha, uma descoberta, uma nova experiência, uma mágica!
Me desculpa morrer de amores, você sabe, e eu sei também, que todo dia eu acordo pensando em você e me entrego nessa louca sensação de se perder para se encontrar, e viver assim, levada por emoções tão fortes, tão lindas, são uma forma de se sentir vivo. E mais ainda, me desculpa, mas eu sou viciada em você. E sinceramente? É o único vício que eu não quero me livrar...
Você me encanta! Eu sou encantada por você...
Eu sei que não posso fazer nada pro passado ser mudado, mas eu posso pedir uma coisa? É uma coisinha só, mas significa o mundo pra mim...
Eu preciso de um recomeço...
Recomeça comigo, amor?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Boa noite! Vou dormir... Até mais!"

Foi a última coisa que disse a ele naquele dia... Não fui... Fiquei acordado pensando em ligar, em ouvir a sua voz...

Não tive coragem, me senti pequeno, mas tão pequeno que meus pés não alcançavam mais o chão da cadeira onde me sentava...

Depois disso nos encontramos, nos conversamos...

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a memória desse dia... Ah! A memória desse dia ainda me dá nos nervos... Sentia sua falta, queria seus braços, seu aconchego... Mas não pude ter... É tão egoísta pensar assim... Mas é que ele me deixa tão em paz! Eu gosto de me sentir pequeno, criança, quando ele pode envolver meus medos eu no seu abraço...

E mais que tudo, muito mais do que eu, gosto de poder envolvê-lo nos meus e segurar os seus medos... Proteger, cuidar...

Espero que ele saiba, porque tudo isso quis dizer naquele dia que meus pés não alcançavam o chão, que minha mão não alcançava o telefone na parede e que eu não disse que o amava...

sábado, 6 de junho de 2009

Heal over...

Você tenta
Eu acho graça
Você briga por que eu estou rindo
Eu sorrio e digo que não é de você
Você sorri e faz birra
Eu te mostro como se faz
Você observa com atenção
Eu me atrapalho e me machuco
Você fala bem feito
Eu faço drama e choro pelo machucado
Você acredita e se preocupa
Eu continuo fazendo drama
Você pergunta se é sério
Eu, como nunca menti bem pra você, começo a rir
Você me bate e fala pra eu nunca mais brincar com coisa séria assim
Eu páro de rir e falo que doeu
Você dá um beijinho pra sarar
Eu viro criança e peço colo

Quero passar a madrugada com você contando as horas pelo sino da igreja, cochilar e acordar várias vezes a noite só pra ver você do meu lado... Te ter nos braços, no colo, na pele... Sentir, provar, encolver, consolar, embalar, ninar...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Sol_Ar ou Tanto ar...

Florescer...

Junto da brisa da manhã...

Despertar...

De um sonho bom, e descobrir que a realidade é melhor ainda.

Suspirar...

E sentir o cheiro das flores...

Viver...


Bom, viver... É tudo isso, e muito, muito mais...

domingo, 31 de maio de 2009

30-05-2009

Uma gota
Uma queda
Um desequilíbrio que enche de turbulencia uma superfície...

Todo aquele caminho até o chão, até o fim...

Toda aquela dor, todo aquele sentimento...

É uma gota
Uma lágrima
Uma...
Primeira...

Depois dela, muitas seguirão seu caminho, inundando um rosto cansado, limpando uma alma cansada... Se preparando pra recomeçar...

Tudo de novo...


O que significa uma gota frente a tanto mar?


Aff, dia cheio... E eu? Vazio...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Eu poderia falar que eu gosto de você porque você me faz sorrir...
Porderia falar que eu gosto de você porque quando você sorri me deixa feliz.
Poderia gostar pelo seu olhar que me fascina.
Ou pela sua boca que me seduz.

Eu poderia falar que eu gosto de você porque teu cheiro me envolve e me leva diretamente a lembranças tão fortes que chegam a ser físicas.
Poderia falar que eu gosto de você porque você tem um 'quê' de mistério a se revelar...
Poderia gostar pelas coisas que você fala e faz e que me confortam,
Ou simplesmente porque no seu abraço eu abraço a mim mesma e me sinto bem.

Poderia listar milhões, sim! milhões, de motivos que me fazem gostar de você pelo que você é...

Mas a essencia do gostar, a sutilidade do querer bem, a delicadeza do desejar... Ah! Isso não há palavras que expressem...

E eu gosto justamente pelo indefinível...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Entre a sombra e a alma...

O calor do quarto é sufocante.
O ventilador no máximo já não é suficiente para acalmar meu coração acelerado.
Lá fora o sol brilha indignado, como eu...
Essa saudade que aperta o peito, acelera o coração e enfraquece.
Todas as minhas forças estão direcionadas a você. A tentar te esquecer, ou superar.
Mas ao mesmo tempo e com maior intensidade quero lembrar...
Com cada pelo de cada arrepio, com todo o corpo, cabeça aos pés, dentro e fora e sempre!
Quero fotografar cada sorriso, cada olhar...
Já não me lembro do teu cheiro. As vezes, quase esqueço do tom da tua voz.
A cor... Do teu sussego.
Você.
De dentro do quarto cada palavra que escrevo grita o mais alto que pode, pedindo para que você as ouça.
Você sempre ouvia, atenta, o que elas tinham a dizer.
Minha palavra sente falta dos teus olhos, do teu olhar.
Minha palvra escrita procura os teus ouvidos.
Minhas palavras mudas atravessam continentes, vão de ilha em ilha, procurando, querendo te contar o que não esqueço nunca...
Que houve paz... Houve calma.
Ali naquele momento congelado na memória, naquele espaço de tempo paralisado na cabeça...
Ouve...
Aqui dentro, ventilador no máximo e eu ainda derreto.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Luz...


A palavra muda me encara
E encaro o fato de não conseguir escrever. Dizer...
O que não disse;
O que sempre quis;
O que nunca consegui.

A palavra vem e trava e fica muda
E muda

A palavra pequenina que antes dizia
A palavra bonita que fluía
Agora foge

A palavra calada do olhar
Hoje se fecha junto com meus olhos

A palavra recolhida que grita
Que chora
Que esperneia
Que faz birra

Ela só quer ser dita
Mas eu não posso dizer,
Não sei se quero... Mesmo querendo.
Muito.

Volta?
(Re)Volta

Devora minha palavra até que eu passe a acreditar no que ela diz?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Já fazem alguns dias que não consigo escrever, nem uma linha.
E quando linhas se formam, não querem dizer mais do que estão dizendo.
Minha entrelinha está em greve. Quer um aumento, exige melhores condições de trabalho, pede mais autonomia e liberdade.

Tenho tentado negociar, mas ela está irredutível.

Espera um sim ou nunca mais...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

RAZÃO DE SER

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski

O sol indeciso não sabe se brilha não sabe se chora.
A rua deserta, reta, curva me leva por caminhos que já vi.
Mas ainda sim se diferem...

Sensações parecidas, mas não iguais...
Abandono...
De mim mesma... Por mim mesma...
Abandono-me para me encontrar, me encontro em cada casa canto escuro do quarto.
Encontro por todos os lados, só pra me perder novamente.
Me confundo, me decido, volto atrás, me recolho...
Essa inconstancia, essa insatisfação, esse medo.

É, é isso mesmo.
Medo.
Medo de tentar de novo, medo da rejeição... Puro e simples medo...
Medo de não valer a pena...
Mas sempre vale... Até pra dizer o contrário...

Por esse caminho diferente me arrisco a errar, me arrisco a perder e me arrisco a ganhar.
Arriscando, subindo no alto da pedra a espera do momento que flutua.
Que flutue...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Chego em casa, tudo em seu lugar...
A caneta no chão da sala, a janela entreaberta, a cadeira parece olhar prum quadro... Seu.
Seu sorriso pintado na parede do meu quarto.
Tudo no seu lugar e eu deslocada.
Eu perdida em mim.
Eu, só.

Pensei em escrever algumas linhas pra você, pensei em talvez mandar uma carta...
Pra onde?
Não sei onde você está. Sei que não está aqui.
Em mim.
Talvez escondida, mas não te alcanço, e te procuro e me perco.
Eu, só.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...