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segunda-feira, 24 de maio de 2021

Eu não sei tirar fotos

Eu não gosto de fotos
não entendo esse rolê todo de memória fotográfica
minha mãe tinha muitas fotos e até hj não consegui espaço na casa pra elas

vou me explicar, eu gosto de fotos. eu não preciso delas
eu amo relembrar, rever lugares pessoas e coisas importantes mas não sinto necessidade de tirar fotos
sempre me achei estranho por isso. sempre liguei a problemas que tenho com minha própria imagem, meu próprio corpo então não presto muita atenção em fazer fotos que retratam o que está/esteve acontecendo

eu gosto daquelas fotos que vc faz do chão, da sombra, da luz, aquelas fotos que ninguém entende, mas você sabe, você vê ali, naquele pequeno recorte, tudo o que vive estampado no corpo, as sensações, as emoções, os sentimentos.

eu gosto do abstrato, do microscópico e do conceitual. eu amo as memórias em mim e amo mais ainda trazê-las para a superfície.

eu não costumo sorrir ou posar para fotos, eu só sei fazer careta, eu não sei me comportar. mas meu corpo absorve cada estímulo que recebo e transforma na memória mais gostosa de sentir.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

nota de pé de página

quando acordei, o céu estava cinza
o vento soprava com força e o dia parecia de cabeça para baixo

uma árvore caiu no meio dia
suas raízes expostas me contavam dos anos de sua existência

uma arvore caiu no meio do dia 
de uma cidade agitada e indiferente
cinza e seca, áspera

o asfalto quente machucava meus pés descalços
ali no meio do dia enquanto via a árvore no chão

'cupins!' dirão alguns
sempre justificando o que não sabem
'ouvi dizer que árvores caem aos sábados'
'foi culpa do solo da região'

mas a árvore permanece deitada
logo menos, brigarão por partes de seu tronco
farão bancos, escrivaninhas.

a vida da árvore, a sua queda, nada disso importa

enquanto divago, meus pés ainda descalços continuam a queimar no asfalto

segunda-feira, 12 de março de 2012

Afeto flor



Em seu corpo cúpula fiz abrigo.
Útero e aconchego.
Sua  música me marca compasso. Na sua voz
Soa a energia Desperta no toque.
Fundimos
O que senti não sei explicar, mas tento.
Uma só.
Fomos tempo espaço matéria.
Saí, mas só pra ficar um pouco em você.
Te fiz minha mãe, 
me fiz sua filha 
te batizei suor gozo e lágrimas.
Transcendeu, 

 amor.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ano (de) Novo

Faz tempo que não te escrevo... Estou longe, amor. Aqui faz calor mas a chuva tem deixado o tempo bem agradável. Ontem eu sonhei com você, como de costume. Acordei feliz, mas quando vi que dormia sozinha, sem você ao lado, quis não ter acordado.
Eu sonhei com o toque, o seu toque, amor. Mas você está longe!
O litoral parece mais distante ainda agora que estou no centro... Você parece mais distante de mim.
Mas estou com saudades, amor. Das conversas, dos silêncios...
Ando meio só.
A saudade me faz companhia, mas a falta nos persegue.
Queria você aqui, te tocar.
Assim chego ao paraíso.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Semi-alucinações II

Te escrevi um poema, à lápis no papel...


Te escrevi carinhos e carícias.


Te escrevi abraços, cuidados, afagos...




Te escrevi muita coisa que gostaria de te dar.


Mas ficou ali, naquele papel decorado. 


No caderno que agora anda sempre comigo.


Carente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Somente

A vista daqui de cima é deslumbrante.
Essa cidade, as vezes tão sem graça, acaba por ter certos encantos...
Nós é que esquecemos de procurar.


O dia começou devagar, desânimo, calor, impaciência.
A ansiedade que me consome parecia estar mais esfomeada.
Respirar era pesado.


Agora, aqui de cima, nesse silêncio, consigo repensar o dia.
De alguma forma me fez falta.
De uma forma que eu ainda não consegui entender para poder te explicar.


Passei o dia ansiosa por te ver, passei o dia querendo te encontrar.
Mas agora, aqui de cima, a falta parece ser mais latente.
Algo falta dentro de mim.


Algo...


A vista daqui de cima é meio poética...
Mas minha poesia não está completa.


Acho que a vida tem certos encantos...
Se importa se eu te procurar?

domingo, 30 de maio de 2010

I hope some day...

Suspiro
seco
ecoando
no
comodo
vazio

Assim,
sozinha em minha própria companhia
Descubro mais uma vez
O que meus instintos já haviam alertado.

Sim,
erramos,
a todo momento,
com quem amamos...

A descoberta do novo, do diferente, do encantador, inebria.
Embriaga.

E assim, bêbados dessa fuga do rotineiro,
do cotidiano,
acabamos por perder o que contávamos como certo.

Duvidando da nossa capacidade de reabilitação.
Da fé em consertar as todas coisas que erramos,
mantemos o erro em segredo,
duvidando também da capacidade dos outros de perdoar.

Nos ilhamos no nosso próprio medo
E tristes constatamos que assim fazendo,
Materializamos nossos maiores receios.

domingo, 25 de abril de 2010

Não tinha data

A noite começa...
Uma dose,
uma conversa,
dança um pouco...

Bebe,
outra dose,
dança,
conversa,
ri...

Esquece
esquece
esquece...
Esquece todos os problemas...
Esquece seu nome,
sua cor,
sua vida...
Esquece seus problemas,
esquece os problemas dos outros...

Esquece o seu lugar,
esquece a falta de lugar...
Esquece o que sente...

Toma!
Mais uma dose!
E o mundo gira...

[Mas ele não gira sempre?]

Gira. Mas gira mais...
A noite começou...
Dança,
gira,
bebe,
esquece.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pequena história sobre meu pai...

[Ou Coisa para se contar aos netinhos]

Sair de carro as onze da noite com o pai do lado como condição para tal acontecimento. [confere]
Sair conversando com o pai de madrugada na rua sobre coisas que você não fala com ele. [confere]
Cantar uma menina na rua JUNTO COM O SEU PAI. [confere]
Buscar pessoas por um caminho que o seu pai não conhece. [confere]
Seu pai CHAMAR ESSAS PESSOAS PRA TOMAR UMA CERVEJA. [confeeere! \o/]
Deixar as pessoas em casa e sair por três bairros procurando um bar com o seu pai. [confere]
Ir num bar barra pesada com o pai porque era o único aberto. [confere]
Tomar uma cerveja com o seu pai nesse bar mesmo dirigindo. [confere]
Seu pai pagar a conta. [confere]

Tem coisas que devem ser eternizadas num pedaço de papel... Essa é uma delas.

segunda-feira, 29 de março de 2010

des[ABAFAR]

Peguei a chave
Subi as escadas
Abri a porta

Acendi a luz, liguei o ar, liguei o computador, me liguei...

Todo dia a mesma rotina, a mesma ordem.

E todo dia, depois de refazer esses todos mesmos passos, e ao me sentar em frente a esse computador percebo que foi tudo automático, que não prestei atenção em nada do caminho da minha casa até aqui e que a cada dia que passa eu me apago um pouco mais nessa vida igual.

Me liguei e vim dizer isso...

É sempre a mesma falta...

É sempre a dúvida entre me entregar no caminho esperado e imposto, ou me aventurar na minha vida.

É sempre escolher, escolher e escolher...

Será que as outras pessoas todas estão satisfeitas com suas vidinhas automáticas?
Todos os dias uma multidão de robôs sái de casa em direção ao trabalho, que nem sempre é o que queriam fazer.
Todos os dias as pessoas perdem coisas fantásticas a sua volta porque estão cegos e acostumados com sua rotina. Com seus afazeres, obrigações...
E todos eles julgam quem não aceite essas imposições...

Ontem eu voltava pra casa, alguma hora próxima à meia noite, não corria mas estava distraída com pensamentos e sentimentos que, já faz algum tempo, me tomam todo o tempo que tenho.
Na rua putas e mendigos.
Dividindo a pista comigo duas motos e um carro de placa de Betim.
Os motoqueiros andavam lado a lado, riam e faziam bagunça...
Decidiram fazer um retorno proibido, cortaram o carro de Betim pela direita e pararam.
Não sei o que fazia o motorista do carro, se ouvia música ou conversava, ou se estava como eu pensando sentimento.
Mas ele não parou.


Me liguei ali também. Reduzi, parei o carro a centímetros do outro.
Não, eu não bati, mas alguma coisa bateu aqui dentro. O coração disparou, eu ali sozinha no meio da rua, no meio do mundo. Eu ali, e a moto, e o carro.
Tudo acontecendo e eu pensando sentimento.
Sentimento, pode ficar comigo sim... Você é companhia pra minha falta... Mas vê se não me cega... Tô perdendo muitas coisas porque você exige atenção exclusiva.
Se você viesse acompanhado da presença, tudo bem... Mas a falta... Essa eu já cansei de sentir...

terça-feira, 9 de março de 2010

Flash cotidiano

Movimentação inquietante
O tempo correndo solto livre
do controle limitado das horas
Eu parada,
esperando
Sempreando
esperando
A mudança
A morte
Alguém

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pra subir direitinho...

Tá doendo... Aqui dentro, doendo muito e não sái, não apaga...
E ainda se mistura com outras dores, outras intensidades, outros choros... E se engasgam todos... Presos no alto da garganta, machucam, sangram...
E eu aqui sozinha querendo, precisando de um abraço, precisando soltar isso tudo, essa dor, essa lástima...
E eu aqui nesse apartamento que diminui a cada respiração.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

@caroltalks

Eu estava lendo umas coisas de uma pessoinha que descobri gostar e que me surpreendeu... Descobri tbm gostar dos textos e do modo como ela escreve...
Mas o que eu queria dizer no início da linha é que ao ler o que ela falava me deu uma vontade de escrever... Contar mesmo algumas coisas que tem ficado muito aqui pra dentro...
É que ano novo tem dessas coisas de pensar no que passou, no que tem por vir...
E por mais que eu faça isso quase todo dia, sei não... Tem um quê de mágica...
E eu tenho sentido falta de acreditar em mágicas...

O texto dela que eu li é tão fofinho, tão leve, que me inspirou...
Não só a escrever como a pensar...
Pensar nas pessoas que eu amo e que quero que passem mais um ano comigo, um século, um dia, uma hora.
Me lembrou que eu gosto da companhia dessas pessoas e que eu deveria procurar mais por elas...
Me lembrou que meu amor é tão grande que eu devo lembrá-las sempre que mesmo distante, mesmo calada, mesmo emburrada, mesmo bravinha, mesmo desanimada, essas são as pessoas que me fazem querer ser melhor a cada dia...
E mesmo que elas saibam eu devo e gosto de lembrá-las, vocês me fazem ser mais! Mais eu, mais humana, mais sonho, mais real, mais! Mais! Mais!

Então que seja doce, que seja azedo, que seja cheio de sabores e descobertas e redescobertas, e amores, e sonhos, e vôos nas nuvens, e companhias...
Que vocês sempre tenham um pedacinho da alma/coração reservado pra mim, porque o meu... O meu é todo de vocês.

Eu amo tanto, mas tanto!

Que vocês passem os dias comigo, presentes ou não, mas com a certeza que são presentes na minha vida.

Amo vocês.

sábado, 21 de novembro de 2009

No país das maravilhas

"Você quer, não quer, você quer, não quer.
Você quer juntar-se a dança?
Quanto mais longe da Inglaterra, mais perto da França.
_Por outro lado - continuou Tweedledum
_Se assim era, assim pode ser;
e se assim fosse, assim seria;
mas como não é, não é.
Isto é lógico."
[Alice no país das maravilhas]

Acompanha meu raciocínio abstrato.
o que foi é o que não é
e assim, não sendo, continua...
Foi, voltou e partiu.
Mas continua, de uma nova outra forma,
Continua dentro e sempre presente

As vezes tenta saltar pra fora do peito,
faz chorar, sentir falta e talz...
Daí a gente se apaga um pouquinho
deixa tudo fluir, derramar
pra no outro dia acordar mais belo

É assim meu sentimento, é assim presente, gift...
E fica aqui perto, aqui dentro, sendo sem ser...
Não é?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Me aperta contra o peito. Me envolve nos braços e volta.




Afeto,
Afeta.
A forma
A fôrma...
Recolhe o que envolve
Recicla e reforma.
Reúne caracteres e características
Revela o oculto pelo véu
Re-conhece o que já foi seu
Re-presente
E de novo em forma
Re-lembranças e de novo
Saudade
Do véu, do oculto, da revelação, da forma e do novo.
E de novo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

[In]sensatez

As vezes, só as vezes, eu quero, assim bem pouco que o seu corpo esteja tão longe de mim que o desejo se torne zero e que o seu cheiro, aquele bendito inconveniente, pare de me perseguir, fazendo assim que pelo menos por pouco tempo eu pare de querer tanto que o seu corpo, bonito corpo, fique assim tão perto e que seu cheiro venha de dentro de mim e o desejo envolva tudo ao seu/meu redor.

As vezes, bem as vezes, eu penso que quero bastante mesmo por um instante que seja sua a minha e que minha a sua inteira e que assim de pronomes possessivos eu possa ter-te minha e fazer-me tua de forma a saciar isso que não sei nominar, de uma vez por todas e todas de uma só vez. Fazendo uma troca nas palavras que nem eu possa entender que no final mesmo de tanta lorota tudo o que eu queria realmente te dizer é que.

*pausa para respirar já com dificuldade*

As vezes bem as vezes eu queria poder ter o dom, eu queria poder ter o som, eu queria poder dominar as palavras para poder moldá-las e dizê-las da forma que eu sinto e sentí-las da forma que escrevo. E que assim, escrevendo, eu possa viver e aprender a dizê-las sem que o mundo pareça doido demais para ouví-las.

terça-feira, 22 de setembro de 2009


Eu acho que o universo conspira.
Vou dizer porque...
Estava chegando em casa hoje, chovendo... Me senti bem... Lavando a alma, sabe?
Comecei a cantarolar a música Chover, Cordel... O que acontece? Na parte em que se diz "meu povo não vá-se embora pela Itapemirim, pois mesmo perto do fim nosso sertão tem melhora, o céu tá calado agora, mas vai dar cada trovão!" O céu estremeceu ao som de um trovão. Balançou tudo!
Sorri.

Em casa, fui atualizar o fotolog... Quis colocar essa imagem linda da borboleta listrada, como uma zebra... Lembrei da música do Hendrix, Little Wing... Postei... Daí "descobri" que num cd a Cássia canta essa música. Fui procurar na internet, quando encontrei, descobri ser um cd dela que comprei a muito tempo, mas nunca ouvi com atenção... Na época, passei o cd uma vez pra ver se havia alguma falha...

*parei de escrever pra repetir a faixa nove do cd, Little Wing*

Voltando ao caso que conto. Procurei entre os meus cds e o encontrei. Coloquei o cd, abriu o media player, automaticamente... Aqui, o fantástico acontece de novo. Meu player toca as músicas aleatoriamente. Ao colocar o cd e começar a tocar, adivinhem qual faixa que toca?
Pois bem, faixa nove.

Fantástico como essas coisas que acontecem sem nosso controle podem ser lindas...

Que sejam!

Well she's walking through the clouds
With a circus mind that's running round
Butterflies and zebras
And moonbeams and fairy tales
That's all she ever thinks about
Riding with the wind
When I'm sad, she comes to me
With a thousand smiles, she gives to me free
It's alright she says it's alright
Take anything you want from me
You can take anything, anything
Fly on little wing
Fly on little wing
Fly on, fly on, fly on...


Sentei ao lado da janela e observei a chuva cair,
Gosto de olhar as gotas... Parecem se entregar nessa queda...
Seguras do chão que as vai aparar.
Quis me jogar com elas, com cada uma delas, esperando que me aparassem...

Sempre tem alguém pra me aparar... Amigos, amores...
Ao pensar nisso uma chuva de lembranças varreu minha mente...
Saudades apertaram, envolveram... Me deram segurança...
Tanto do caminho percorrido... Tanto à percorrer...

Me joguei, por dentro e por fora...
Na chuva que me levou...
Molhada, cansada, cheia de quereres me atirei, braços abertos, olhos fechados.

Estou confiante. A queda, a entrega.
Suspiro de ansiedade... As cartas estão na mesa...
Espero que alguém me ampare...

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...