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quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Boa noite! Vou dormir... Até mais!"

Foi a última coisa que disse a ele naquele dia... Não fui... Fiquei acordado pensando em ligar, em ouvir a sua voz...

Não tive coragem, me senti pequeno, mas tão pequeno que meus pés não alcançavam mais o chão da cadeira onde me sentava...

Depois disso nos encontramos, nos conversamos...

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a memória desse dia... Ah! A memória desse dia ainda me dá nos nervos... Sentia sua falta, queria seus braços, seu aconchego... Mas não pude ter... É tão egoísta pensar assim... Mas é que ele me deixa tão em paz! Eu gosto de me sentir pequeno, criança, quando ele pode envolver meus medos eu no seu abraço...

E mais que tudo, muito mais do que eu, gosto de poder envolvê-lo nos meus e segurar os seus medos... Proteger, cuidar...

Espero que ele saiba, porque tudo isso quis dizer naquele dia que meus pés não alcançavam o chão, que minha mão não alcançava o telefone na parede e que eu não disse que o amava...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cause everything is easier when you beside me...

Aqui perto tem uma praça... Ela está em construção, mas os canteiros foram tomados de plantas da região... Puro mato pra quem vê de fora...
Mas passando muito do meu tempo lá percebi que eram as plantas que mais atraiam os insetos...
Fico horas lá, parada olhando...
Borboletas de todos os tamanhos e cores estão ali... Essa praça me deixa bem contente...
Há joaninhas também, e grilos a fazer barulho, libélulas as vezes passam... Abelhas voam indiferentes não se importam com a minha presença... É um lugar extremamente agradável...
Aconteceu algo hoje de manhã, quando resolvi dar uma volta por lá...
Um garotinho estava observando borboletas também...
Ele só observava... Eu o admirei... Nesses tempos é difícil ver uma criança "perder" seu tempo com coisas assim...
E eu o admirei...

De onde venho não "perdemos" mais assim o nosso tempo...
Tudo é muito corrido, tudo é muito sem tempo, tudo é muito compromisso e acabamos atropelando as horas e perdendo essas coisas que fazem um dia especial...
Não é que não existam praças onde possamos ver borboletas, joaninhas e afins...
Nós é que não percebemos que elas estão lá...
Eu o admirei por observar o que custamos a ver...

Mas então meu coração virou caquinhos... A avó desse garoto chegava com duas sacolas, uma usada de luva para pegar as borboletas e a outra como o recipiente para colocar as recém capturadas. Juro que chorei... Por dentro...
Presenciei um ato de crueldade, não só com as borboletas... Mas comigo, meus olhos e meu coração... Me senti ali, pega e presa, dentro da sacola, junto com as outras...
Primeiro me veio a dor... Um machucado de amor... Por amar as borboletas...
Depois uma raiva enorme de quem as capturara... Vontade de pular, grunir, virar um monstro e engolir neto e avó. Engolir aquela praça e qualquer outra coisa que fizesse sorrir... Devorar tudo e todos...
Depois a sensatez... Me aproximei e perguntei o que iriam fazer com as borboletas...
O menino: Vou levar pra minha casa! E mostrar pra minha mãe!
E depois que ela as vir, o que vai fazer?
"Talvez eu as coloque no meu quarto... Deve ser legal ter borboletas no quarto..."
Deve ser bem legal sim... Mas você não acha que elas vão ficar com saudade da casa delas?
"E onde é que elas moram?"
Aqui. Nas plantas da praça... Se você levar essas elas vão ficar com saudade de casa e das outras borboletas também...
"É verdade vovó?"

Então a avó o pegou pela mão, se afastaram de mim como se eu fosse um monstro a comê-los... Sacola nas mãos... "Vem flho, vamos mostrar pra mamãe o que a gente conseguiu hoje..."
Eu fiquei lá...
Observando...
Triste...

Eu que amava borboletas passei a odiá-las... Odiei por serem tão lindas... E odiei mais ainda por serem táo fáceis de se capturar...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Calm down, I'm calling you to say:

Vou me deixar consumir nessa dor que arrebate e sonda
Esse caos que se instaura no mais profundo do eu que não sei quem é

Essa voz que diz tantas coisas que mal posso me escutar
Essa calma que tenta domar o indomável do eu, o frênesi

Se eu fosse outro
Se eu fosse eu
Se eu fosse
E não voltasse

E continuasse indo até descobri onde me deixei.

Em qual esquina ficou o que eu achava correto

Onde acho-me

Saudade de sonhar
E viver sonho
A liberdade do pensamento traduzida em sentimento...

Saudade de mim que não tem tamanho.

Pergunto, espero que sim, espero que encontre... Pergunto, me deixei contigo?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Porque eu gosto do toque na minha pele quando ela te toca
Porque meu toque é tão sutil em você, tão frágil,

Cristal...

Porque eu gosto do que o teu corpo faz e de como ele reage.
Porque eu busco outras maneiras de te tocar, buscando suas reações,

Descobertas...

No teu abraço meu abraço se completa.
No teu sorriso meus olhos se iluminam.
Nas suas palavras minhas palavras encontram conforto.
Na tua boca meus lábios encontram o tão necessário silêncio.
Em ti encontro minha paz...

Amor...

domingo, 21 de junho de 2009

Apenas um palpite...

Uma varanda
Noite fria

A janela aberta convida meu corpo a se manter na cama, aquecido.
A noite estrelada me convida pra deitar sob o céu e procurar contelações...


- Já fizemos isso tantas vezes!

- Eu ainda gosto!


Na varanda duas toalhas dispostas lado a lado
Noite fria trazendo o edredon de dentro do armário


O céu aberto mostrando todas as estrelas que podem ser vistas com tantas luzes acesas...


- A gente podia fazer um curto circuito desligar todas as luzes da cidade né?

- Seria legal, se não atrapalhasse alguém que precisa da energia elétrica sustentando uma máquina que sustenta uma vida...

- Poxa! Você é tão sem graça! Sonha comigo!

- Ah! Você não me explicou que era sonho...

- Você só entende metade das coisas que eu te digo...


Na varanda as duas dividindo o mesmo edredon
Noite fria aproximando todos os contrastes


- Eu gosto de olhar estrelas, principalmente com você... Mas quando acontece de vê-las sozinha, eu sempre lembro de você...

- Eu amo olhar estrelas com você. A gente se divertia tanto... Lembra?

- Se todos apagassem as luzes seria muito mais bonito...

- Olha... As luzes... É impressão minha ou estão todas se apagando?

Na varanda é noite fria. Dois corações batem juntos ao se deparar com uma surpresa agradável...
As estrelas iluminam a noite sem nuvens. Uma estrela cadente passa. As duas pensam juntas, mas sem saber que essa estrela é apenas lixo espacial.
Mas se calam. E fazem um pedido.

A magia está naquilo que achamos mágico.

E elas acharam...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Quer saber?

Eu desisto.
Sim, entrego os pontos, jogo a toalha...
De-sis-to!

Cansei.



E me dói.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sentir...

Em sentimentos toda a minha vida está baseada.

Desde um momento até hoje digo que o que sinto é amor.

Sim amor piegas, bobinho, as vezes dolorido... Mas amor, puro amor.

Amor que cuida, amor que quer a felicidade do outro e que as vezes, amor egoísta, quer que o outro seja feliz com a gente mesmo...

Sentir...

Sentir é uma coisa tão gostosa quando sentido junto. Sentido. Sim faz...!

E acontece que tenho sentido saudades, e inseguranças, e medos... Vêem? Sentimentos. Contrastes que me apavoram. Que me fazem perder as estribeiras.

Tenho perdido o sono... Tive pesadelos hoje nas poucas vezes que preguei os olhos.

Fantasmas que não sei de onde saem pra me assustar. E conseguem.

Me pregam na cama, me imobilizam os sentidos, só pra sentir aquele que mais temo. O medo.

Fantasmas que me fazem querer colo. Um colo em especial.

Fantasmas que me fazem pedir ajuda na alta da madrugada...

Sentir...

Não se controla.

Sente-se.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...