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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Me sento na calçada...

Caminho sem rumo certo por entre nuvens adocicadas
Suspiro suave a mudez da minha voz
Me calo com sua ausência tão presente
Me esquivo das tuas saudades que me devoram por dentro
Procuro formas de domar as vontades que me assaltam no meio da madrugada, do dia, do sonho...
Me perco no percurso de me procurar
Me agito me afasto me erro
Toco meu pensamento para que, junto com ele, possa te tocar.
Perco a hora, os dias, o tumulto de viver
Me canso, retomo o rumo, perco, ganho e me revelo.
O meu amar me impulsiona, me persegue
O meu amor me encanta, me inspira
O meu coração me domina, me esquece.
Num sobressalto percebo que foi apenas um devaneio, um relance de pensamento que me tomou por alguns segundos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

@caroltalks

Eu estava lendo umas coisas de uma pessoinha que descobri gostar e que me surpreendeu... Descobri tbm gostar dos textos e do modo como ela escreve...
Mas o que eu queria dizer no início da linha é que ao ler o que ela falava me deu uma vontade de escrever... Contar mesmo algumas coisas que tem ficado muito aqui pra dentro...
É que ano novo tem dessas coisas de pensar no que passou, no que tem por vir...
E por mais que eu faça isso quase todo dia, sei não... Tem um quê de mágica...
E eu tenho sentido falta de acreditar em mágicas...

O texto dela que eu li é tão fofinho, tão leve, que me inspirou...
Não só a escrever como a pensar...
Pensar nas pessoas que eu amo e que quero que passem mais um ano comigo, um século, um dia, uma hora.
Me lembrou que eu gosto da companhia dessas pessoas e que eu deveria procurar mais por elas...
Me lembrou que meu amor é tão grande que eu devo lembrá-las sempre que mesmo distante, mesmo calada, mesmo emburrada, mesmo bravinha, mesmo desanimada, essas são as pessoas que me fazem querer ser melhor a cada dia...
E mesmo que elas saibam eu devo e gosto de lembrá-las, vocês me fazem ser mais! Mais eu, mais humana, mais sonho, mais real, mais! Mais! Mais!

Então que seja doce, que seja azedo, que seja cheio de sabores e descobertas e redescobertas, e amores, e sonhos, e vôos nas nuvens, e companhias...
Que vocês sempre tenham um pedacinho da alma/coração reservado pra mim, porque o meu... O meu é todo de vocês.

Eu amo tanto, mas tanto!

Que vocês passem os dias comigo, presentes ou não, mas com a certeza que são presentes na minha vida.

Amo vocês.

sábado, 28 de novembro de 2009

She's scare to breath...

E me falta ar...




Pedra, vermelha, que brota do chão, traz junto um tremor...
Mas não foi o metrô que passou aqui por baixo...
Toma, fica com meu coração, ele já não é mais meu.
Ele não me pertence, embora habite o meu corpo.
Ele tem dona, tem companhia, mas anda só...
Ele é peixe vivo, e pode morrer fora d'água

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Te[x]te

E há tanto que eu quero te dizer...
Entre tudo o que me calo falta dizer que teu corpo, meu vício, é a falta mais presente no dia-a-dia.
É a falta que me chama o tempo inteiro, a falta rabiscada na parede, na pele...

Entre tudo o que me calo, falta dizer que você é o romance que eu leio todos os dias, visito em memória e sentimento.

Entre tudo o que me calo há o teu nome que eu não chamo. Não chamo porque nem sei o que espero, e o medo habita essas paredes em que estou guardada.

Entre tudo o que me calo existem poemas e prosas que tanto gostava de te contar, escrever, gritar a quatro ventos...

Entre tudo o que me calo há pedidos e vontades não saciadas... Me afogar em ti, me encontrar...

Entre tudo o que me calo resta silêncio.

E esse é o meu maior grito.


*desabafo pq acho que incomodei hoje

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

No país das maravilhas

"Você quer, não quer, você quer, não quer.
Você quer juntar-se a dança?
Quanto mais longe da Inglaterra, mais perto da França.
_Por outro lado - continuou Tweedledum
_Se assim era, assim pode ser;
e se assim fosse, assim seria;
mas como não é, não é.
Isto é lógico."
[Alice no país das maravilhas]

Acompanha meu raciocínio abstrato.
o que foi é o que não é
e assim, não sendo, continua...
Foi, voltou e partiu.
Mas continua, de uma nova outra forma,
Continua dentro e sempre presente

As vezes tenta saltar pra fora do peito,
faz chorar, sentir falta e talz...
Daí a gente se apaga um pouquinho
deixa tudo fluir, derramar
pra no outro dia acordar mais belo

É assim meu sentimento, é assim presente, gift...
E fica aqui perto, aqui dentro, sendo sem ser...
Não é?

domingo, 8 de novembro de 2009

Você se importa?

Procurei tantas formas de me encaixar
(ser exatamente o que precisava que eu fosse)
Procurei me adaptar, me tornar aquilo que eu queria ser

Não sei o que mudou, não sei ao certo o que mudei...
Mas me sinto perdida dentro de mim mesma.
Me sinto sem rumo, sem porto seguro.

E essa solidão inesperada me tira tudo, me dá tudo.

Queria uma casa, uma montanha, uma fuga.
Dessa realidade, da minha, da sua.
Queria uma negação tão grande que afirmasse exatamente o que eu sou.
Abdicar de tudo, esquecer de tudo para restar somente eu.

E esse eu fosse tão forte, tão puro que me envolvesse por completo, a ponto de não precisar mais de outros braços para me embalar, outros colos para me ninar, outros eus pra me completar.

Queria que esse eu fosse tão eu que não me esquecesse jamais desse que sou.
Dessa grande confusão, dessa grande mancha, dessa grande mentira que sou.

Mas como me procurar assim dentro de mim se eu não sei onde me deixei?

Os sabores, os cheiros, os toques, tudo o que senti, vivi, tudo o que estou, todos os lugares que sou, tudo isso me impede de ser esse eu tão sutil e volátil que procuro.

E ainda existe o medo, esse medo que vem de dentro e não tem fundamento nenhum.
Esse medo exatamente do eu que procuro.
Esse medo do eu que procuro
Esse medo que procuro
Do eu.

Agora, nessa noite, de procura, me enterro em mim, me afogo nessas lembranças, exatamente pra esquecer de tudo e me encontrar.

Nada me falta.
E exatamente desse nada que mais preciso.

Dá-me de beber desse nada que me compõe!

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...