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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sobreviver...

A: Ainda dói. Eu já te disse? Dói especialmente quando respiro e não é o seu cheiro que enche meu peito.
E: Por que você me diz isso agora? Eu já não espero na sua porta sem coragem pra tocar a campainha, já não espero você me ligar, não espero você vir com suas palavras ou seus carinhos.
A: Eu assisti um filme hoje...
E: Não vejo motivo pra alongarmos essa conversa.
A: Você já tinha me falado dele antes. E eu assisti, você não estava do meu lado, não estava perto. Acho que se escondeu em algum lugar, dentro.
E: Eu tentei te jogar fora, arrancar com as unhas... Mas não dá. Sempre tem um detalhe, um belo minúsculo e especial detalhe que me leva pra você, eu tento ligar essas coisas, essas mágicas a outras pessoas. Em vão.
A: Eu não quero ter que te esquecer.
E: Uma hora vai ser inevitável...
A: Eu já poderia ter feito.
E: ...
A: ...
A: Você pode um dia me visitar? Só passar um tempo em silêncio comigo?
E: Dos seus silêncios é que sinto mais falta. São tão sinceros...
A: Já é quase hora...
E: Sim, é hora! Meu ônibus, adeus.
A: Adeus, não se esqueça!
E: Não tenho lembrado de nada além.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

See you at the bitter end?

Foi, era, voltou, fez falta, partiu, sonhou, chorou, sorriu...


Com a mesma boca disse mil maravilhas, mas também maldisse quando estava no ápice do nervosismo.


Mentiu? Ainda não sei, sei que foi, era, voltou, fez falta, partiu, sonhou, chorou, sorriu...


A saudade ainda aperta pequenina no peito, esperando um dia que pode não chegar, que pode ter passado.


A voz conhecida ainda arranca felicidadezinhas de dentro do sorriso escondido.
Escondido junto com todo o resto. O bom, o ruim e o nada.


Esse por sinal ocupa muito espaço...


Ele vai, é, volta, faz falta, parte, sonha, chora... Sorri,

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Teatro (cenas)

A - Não, e nem você!
E - Você sabe das faltas? Dos apertos? Das vontades loucas de correr e te abraçar?
A - Não sei se eu quero te ver de novo.
E - Eu sempre quero.
A - Essa noite eu estou sozinha... E não quero lembrar de você.
E - Essa madrugada, os prédios, as ruas... Tudo tão sem sentido.
A - Porque você não veio quando eu te chamei.
E - Eu não saí da porta da sua casa. Mas não tive coragem de tocar a campainha...
A - Você podia ter feito tudo tão diferente... No início... Era só dizer sim.
E - Não... E nem você... Acho que a gente não deve... Não pode... Não consegue.
A - Espera... Mais um minuto.
E - Não tenho mais nada pra falar pra você. Além de tudo que já te disse...
A - Então fica em silêncio comigo?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Respir(Ar)

Aquele bichinho remexe no meu peito de novo...
Se debate, se estica e parece tomar conta do corpo inteiro.

E a raiva vai crescendo, tomando o espaço das coisas boas que tenho na memória.
E tudo volta, os vícios, os descontroles, as faltas... Principalmente de ar.
Posso respirar fundo, mas é insuficiente...
Esse bichinho fica com meu oxigênio, com meu amor, com a minha razão... Com a minha paz.

E pra não fazer mal pra ninguém, pra não ser grossa, pra não errar, eu vou ficar quietinha.
Feito bicho do mato, dentro da toca, escondida... 
Pra ver se passa.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Coração de pedra, Anderson Aníbal?

Meu coração se aquietou...
Entrou no compasso, recuperou o ritmo e agora se aninha no seu colo.

'Meu coração é um paralelepípedo'...

Meu coração é um redemoinho, e hoje estou contente.

Meu coração é uma poça, me deixa carente.

Meu coração é uma arma, me enfraquece.

É que meu coração ama...

É forte, é fraco, é seu, é meu...

É tudo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

É tanta história, é tanta vida...
Conheço tão pouco mas já me sobrecarrega.
E a minha história? Quem lê? 
Quem acompanha?
Tem seguidores?
Tem fãs?


Quem é que espera por mim no fim da curva?
Da linha?
Da estação?


Quem vai abrir os braços, o sorriso, quem?


Fiquei tão triste, no meio de tanta alegria.
De que me vale?
É doce?
Que seja!
Doce, leve, do jeito que espero.

Ano (de) Novo

Faz tempo que não te escrevo... Estou longe, amor. Aqui faz calor mas a chuva tem deixado o tempo bem agradável. Ontem eu sonhei com você, como de costume. Acordei feliz, mas quando vi que dormia sozinha, sem você ao lado, quis não ter acordado.
Eu sonhei com o toque, o seu toque, amor. Mas você está longe!
O litoral parece mais distante ainda agora que estou no centro... Você parece mais distante de mim.
Mas estou com saudades, amor. Das conversas, dos silêncios...
Ando meio só.
A saudade me faz companhia, mas a falta nos persegue.
Queria você aqui, te tocar.
Assim chego ao paraíso.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...