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sábado, 26 de fevereiro de 2011

É ruim viver sem ele...

Vou vagando por aí, perdida entre pessoas e lembranças. Acho que não sei mais separar o real do imaginário, acho que nunca soube. E por mais poético que isso tudo seja, por mais poética que eu seja, não é suficiente pra viver. Não se vive de amor, acredita?! Eu que sempre vivi dele... Descobrir que não me nutria! Oras! Tenho andado por aí sem acreditar em nada e duvidando de tudo. Tenho sentido saudades que não sei se deveriam ser sentidas, faltas que apertam o meu peito e queimam... Mas queimam esse espaço vazio, empty, mas cheio de coisas que eu não sei nominar. Meu coração voltou a bater do lado errado, o de fora... Mas agora não, ele não volta pro meu peito, e dói, longe, mas dói. Quem já sentiu o coração doer longe entende, é estranho, é pesado e eu caminho por entre pessoas e por lugares que não me fazem diferença, mas sempre te enxergo, com meu coração sofrido, dolorido, machucado... Aproveita que ele está em seus braços e cuida dele pra mim, eu já não posso.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

E: A cada dia que passa mais me convenço que não pertenço a esse lugar, a essas pessoas... Meu sentimento é grande, bem maior que eu, que você e do que um dia foi o nosso ‘nós’. Essa crescente sensação de solidão, não essa solidão desesperadora de quem procura por companhia, mas essa crescente certeza de que estamos sozinhos, de que caminhamos sozinhos... Podemos ter um alguém que dê uns passos ao lado, mas os meus passos somente eu posso dar. Mas a sensação, cada dia maior não incomoda mais.
Ao contrário, me faz valorizar cada encontro, cada encanto. Me faz acreditar ainda mais na magia do estar junto, mas me traz cruelmente a realidade de que nada é eterno, exceto nossa própria solidão.
Estou sozinha, mas não triste. Não sou daqui, não pertenço a lugar nenhum.
Meu lugar é ‘não sei onde’, minha hora é ‘quando’, meu medo é ‘precisar de alguém’, minha certeza é: os dias passarão depressa demais, o tempo será curto demais, eu sempre guardarei com carinho as lembranças e num futuro talvez elas sejam a única forma de contato do meu eu com a vida, com as pessoas...
Eu digo isso pro espelho mas quero que chegue a você. Amor, fui embora, não olhei pra trás. Me parto inteira mas, por egoísmo, te levo onde for...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

L: Não! Nós não somos a mesma! Mas acho que seria mais fácil, mais leve..
E: Mas eu não quero ser igual a você! Mas quero que você pare de ser assim, tão eu...
L: É inevitável, você sabe... A gente é pedaço do mesmo ser, não tem outra explicação...
E: Sabe porque eu te odeio? Porque sempre que eu lembro de você eu sinto essa raiva a quase explodir meu peito... Raiva de tudo o que você é, porque é 10 mil vezes melhor do que eu.
L: Eu não sou melhor que você... Poxa! Eu te amo!
E: Não... Não pode... Você não pode me amar quando estou com ódio de você. Mas eu não quero, sabe, sentir esse ódio.
L: Não sinta!
E: Caralho! Você sabe que eu te amo! Você sabe que quando eu penso em velhice é você que eu vejo por perto, você sabe que ninguém entende esse amor que coabita em nós que não se pega. Você é minha melhor amiga. Mas eu te odeio hoje, como te odiei aquele dia. Porque por mais que você me dê muitas coisas, você tira muito mais do que pensa. Eu te odeio por ser tão foda, eu te odeio por melhorar sempre, eu te odeio por te amar. E isso não ser suficiente pra eu parar de te odiar. Eu te odeio por amar... Por amar ela.
L: Para. Eu não consigo te entender mais... Você vai ter que escolher. Ou ama, ou odeia.
E: Não tenho que escolher...
L: Tem sim! Se controla e decide. Você me ama?
E: Lógico!!!
L: Então para de me odiar.
E: Preciso de um tempo pra pensar.
L: O que mais você precisa pra pensar? Eu estou ficando cansada disso. Quer saber, eu é que preciso de um tempo de você.
E: Melhor... Vai! A gente se entende à distância... Mas não demora a voltar, posso sentir sua falta.
L: Eu vou sentir a sua.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pra quê?

A: Senti o seu cheiro hoje. Não sei de onde veio, mas eu puxei o ar e lá estava ele. Delicioso! E esse cheiro me levou de volta a épocas passadas, lembranças... Mas de uma maneira tão real que parecia estar vivendo aquilo de novo.
Mas como ele veio, ele foi.
Talvez você tenha se lembrado de mim no meio da tarde. E sentir o seu cheiro foi o jeito da vida falar, olha! Ela ainda lembra.
Mas não vejo o por quê disso tudo. Já faz tanto tempo, não? Mas fiquei feliz... Seu cheiro ainda mexe comigo. O arrepio que cresce da nuca pra todo o corpo. As pernas que ainda fraquejam... O calafrio das borboletas no estômago...
Acho que eu lembrei porque não quis te esquecer...


Sentir o seu cheiro hoje doeu. Mas foi inútil...


Talvez eu tenha mesmo te esquecido.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sobreviver...

A: Ainda dói. Eu já te disse? Dói especialmente quando respiro e não é o seu cheiro que enche meu peito.
E: Por que você me diz isso agora? Eu já não espero na sua porta sem coragem pra tocar a campainha, já não espero você me ligar, não espero você vir com suas palavras ou seus carinhos.
A: Eu assisti um filme hoje...
E: Não vejo motivo pra alongarmos essa conversa.
A: Você já tinha me falado dele antes. E eu assisti, você não estava do meu lado, não estava perto. Acho que se escondeu em algum lugar, dentro.
E: Eu tentei te jogar fora, arrancar com as unhas... Mas não dá. Sempre tem um detalhe, um belo minúsculo e especial detalhe que me leva pra você, eu tento ligar essas coisas, essas mágicas a outras pessoas. Em vão.
A: Eu não quero ter que te esquecer.
E: Uma hora vai ser inevitável...
A: Eu já poderia ter feito.
E: ...
A: ...
A: Você pode um dia me visitar? Só passar um tempo em silêncio comigo?
E: Dos seus silêncios é que sinto mais falta. São tão sinceros...
A: Já é quase hora...
E: Sim, é hora! Meu ônibus, adeus.
A: Adeus, não se esqueça!
E: Não tenho lembrado de nada além.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

See you at the bitter end?

Foi, era, voltou, fez falta, partiu, sonhou, chorou, sorriu...


Com a mesma boca disse mil maravilhas, mas também maldisse quando estava no ápice do nervosismo.


Mentiu? Ainda não sei, sei que foi, era, voltou, fez falta, partiu, sonhou, chorou, sorriu...


A saudade ainda aperta pequenina no peito, esperando um dia que pode não chegar, que pode ter passado.


A voz conhecida ainda arranca felicidadezinhas de dentro do sorriso escondido.
Escondido junto com todo o resto. O bom, o ruim e o nada.


Esse por sinal ocupa muito espaço...


Ele vai, é, volta, faz falta, parte, sonha, chora... Sorri,

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Teatro (cenas)

A - Não, e nem você!
E - Você sabe das faltas? Dos apertos? Das vontades loucas de correr e te abraçar?
A - Não sei se eu quero te ver de novo.
E - Eu sempre quero.
A - Essa noite eu estou sozinha... E não quero lembrar de você.
E - Essa madrugada, os prédios, as ruas... Tudo tão sem sentido.
A - Porque você não veio quando eu te chamei.
E - Eu não saí da porta da sua casa. Mas não tive coragem de tocar a campainha...
A - Você podia ter feito tudo tão diferente... No início... Era só dizer sim.
E - Não... E nem você... Acho que a gente não deve... Não pode... Não consegue.
A - Espera... Mais um minuto.
E - Não tenho mais nada pra falar pra você. Além de tudo que já te disse...
A - Então fica em silêncio comigo?

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...