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quarta-feira, 30 de março de 2011

death

Tudo me mata.
Acordar, sorrir, chorar, sentir falta, amar, odiar...
Tudo isso me sobrecarrega, custa muito, me descarrega...
Repetir tudo isso, diariamente, tragicamente... 
Me mata!

Você me mata, eu me mato.
E todo resto é mentira.
Verdadeiramente.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vai

Bate, apanha, volta, parte, participa, abandona. Vai. Faz falta, fez falta. Ferve. Me grita. Silencia. Não chama. Se apaga. Mantém, forma. Transgride. Retorna. Significa e volta, volta... Volta?

sábado, 12 de março de 2011

O carteiro

Fiquei esperando, o dia todo, um sinal... Uma notícia... Aviso, que fosse...
Passei o dia todo alimentando aquele sentimento de ansiedade quando se espera algo que se quer muito, como a chegada do correio, o início do horário de almoço, o fim do expediente.
Mas olha o céu... O dia está acabando, minha força parece desaparecer junto com o sol e aqui, admirando esse pôr-do-sol tudo o que eu quero fazer é chorar essa "tristezinha" que formou aqui dentro por essa falta de comunicação...
O tempo, o universo, o não sei o que, parece estar conspirando contra minhas esperanças... Se eu não crio expectativa, tudo bem, as coisas vão acontecendo... As dores não são grandes, as alegrias sim... Mas quando espero tudo inverte. Alegrias não tem o peso de uma formiga... Mas as tristezas pesam o mundo...
E eu aqui fraquinha demais pra conseguir segurar...
Fiquei esperando o dia todo... Mas não... Não recebi nenhuma carta...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

É ruim viver sem ele...

Vou vagando por aí, perdida entre pessoas e lembranças. Acho que não sei mais separar o real do imaginário, acho que nunca soube. E por mais poético que isso tudo seja, por mais poética que eu seja, não é suficiente pra viver. Não se vive de amor, acredita?! Eu que sempre vivi dele... Descobrir que não me nutria! Oras! Tenho andado por aí sem acreditar em nada e duvidando de tudo. Tenho sentido saudades que não sei se deveriam ser sentidas, faltas que apertam o meu peito e queimam... Mas queimam esse espaço vazio, empty, mas cheio de coisas que eu não sei nominar. Meu coração voltou a bater do lado errado, o de fora... Mas agora não, ele não volta pro meu peito, e dói, longe, mas dói. Quem já sentiu o coração doer longe entende, é estranho, é pesado e eu caminho por entre pessoas e por lugares que não me fazem diferença, mas sempre te enxergo, com meu coração sofrido, dolorido, machucado... Aproveita que ele está em seus braços e cuida dele pra mim, eu já não posso.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

E: A cada dia que passa mais me convenço que não pertenço a esse lugar, a essas pessoas... Meu sentimento é grande, bem maior que eu, que você e do que um dia foi o nosso ‘nós’. Essa crescente sensação de solidão, não essa solidão desesperadora de quem procura por companhia, mas essa crescente certeza de que estamos sozinhos, de que caminhamos sozinhos... Podemos ter um alguém que dê uns passos ao lado, mas os meus passos somente eu posso dar. Mas a sensação, cada dia maior não incomoda mais.
Ao contrário, me faz valorizar cada encontro, cada encanto. Me faz acreditar ainda mais na magia do estar junto, mas me traz cruelmente a realidade de que nada é eterno, exceto nossa própria solidão.
Estou sozinha, mas não triste. Não sou daqui, não pertenço a lugar nenhum.
Meu lugar é ‘não sei onde’, minha hora é ‘quando’, meu medo é ‘precisar de alguém’, minha certeza é: os dias passarão depressa demais, o tempo será curto demais, eu sempre guardarei com carinho as lembranças e num futuro talvez elas sejam a única forma de contato do meu eu com a vida, com as pessoas...
Eu digo isso pro espelho mas quero que chegue a você. Amor, fui embora, não olhei pra trás. Me parto inteira mas, por egoísmo, te levo onde for...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

L: Não! Nós não somos a mesma! Mas acho que seria mais fácil, mais leve..
E: Mas eu não quero ser igual a você! Mas quero que você pare de ser assim, tão eu...
L: É inevitável, você sabe... A gente é pedaço do mesmo ser, não tem outra explicação...
E: Sabe porque eu te odeio? Porque sempre que eu lembro de você eu sinto essa raiva a quase explodir meu peito... Raiva de tudo o que você é, porque é 10 mil vezes melhor do que eu.
L: Eu não sou melhor que você... Poxa! Eu te amo!
E: Não... Não pode... Você não pode me amar quando estou com ódio de você. Mas eu não quero, sabe, sentir esse ódio.
L: Não sinta!
E: Caralho! Você sabe que eu te amo! Você sabe que quando eu penso em velhice é você que eu vejo por perto, você sabe que ninguém entende esse amor que coabita em nós que não se pega. Você é minha melhor amiga. Mas eu te odeio hoje, como te odiei aquele dia. Porque por mais que você me dê muitas coisas, você tira muito mais do que pensa. Eu te odeio por ser tão foda, eu te odeio por melhorar sempre, eu te odeio por te amar. E isso não ser suficiente pra eu parar de te odiar. Eu te odeio por amar... Por amar ela.
L: Para. Eu não consigo te entender mais... Você vai ter que escolher. Ou ama, ou odeia.
E: Não tenho que escolher...
L: Tem sim! Se controla e decide. Você me ama?
E: Lógico!!!
L: Então para de me odiar.
E: Preciso de um tempo pra pensar.
L: O que mais você precisa pra pensar? Eu estou ficando cansada disso. Quer saber, eu é que preciso de um tempo de você.
E: Melhor... Vai! A gente se entende à distância... Mas não demora a voltar, posso sentir sua falta.
L: Eu vou sentir a sua.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...