Translate
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
RAZÃO DE SER
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
O sol indeciso não sabe se brilha não sabe se chora.
A rua deserta, reta, curva me leva por caminhos que já vi.
Mas ainda sim se diferem...
Sensações parecidas, mas não iguais...
Abandono...
De mim mesma... Por mim mesma...
Abandono-me para me encontrar, me encontro em cada casa canto escuro do quarto.
Encontro por todos os lados, só pra me perder novamente.
Me confundo, me decido, volto atrás, me recolho...
Essa inconstancia, essa insatisfação, esse medo.
É, é isso mesmo.
Medo.
Medo de tentar de novo, medo da rejeição... Puro e simples medo...
Medo de não valer a pena...
Mas sempre vale... Até pra dizer o contrário...
Por esse caminho diferente me arrisco a errar, me arrisco a perder e me arrisco a ganhar.
Arriscando, subindo no alto da pedra a espera do momento que flutua.
Que flutue...
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
O sol indeciso não sabe se brilha não sabe se chora.
A rua deserta, reta, curva me leva por caminhos que já vi.
Mas ainda sim se diferem...
Sensações parecidas, mas não iguais...
Abandono...
De mim mesma... Por mim mesma...
Abandono-me para me encontrar, me encontro em cada casa canto escuro do quarto.
Encontro por todos os lados, só pra me perder novamente.
Me confundo, me decido, volto atrás, me recolho...
Essa inconstancia, essa insatisfação, esse medo.
É, é isso mesmo.
Medo.
Medo de tentar de novo, medo da rejeição... Puro e simples medo...
Medo de não valer a pena...
Mas sempre vale... Até pra dizer o contrário...
Por esse caminho diferente me arrisco a errar, me arrisco a perder e me arrisco a ganhar.
Arriscando, subindo no alto da pedra a espera do momento que flutua.
Que flutue...
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
pre-depois
MEIO PERDENDO A NOÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO... NÃO SEI MAIS QUE DIA É HJ, O QUE FOI, O QUE SIGNIFICA...
NÃO LEMBRO DA COR DOS MEUS OLHOS QUANDO ACORDEI, NÃO SEI SE VOCÊ SORRIU AO ME VER DORMINDO
NÃO SEI SE CHOREI QUANDO TE PERDI
SEI QUE SINTO FALTA DO QUE NÃO LEMBRO
SINTO FALTA DO QUE NÃO VIVISINTO FALTA DE TER O QUE SENTIR
FICO ACORDADA ESPERANDO UMA LIGAÇÃO
FICO ANSIOSA QUANDO ANDO POR RUAS JÁ TÃO CONHECIDAS
FICO ANIMADA COM A VISÃO AO LONGE DE ALGUÉM QUE ME LEMBRA VOCÊ
MAS A PESSOA PASSA, O TEMPO PASSA, A VIDA PASSA
EU? EU FICO, E SÓ.
PRA SEMPRE?
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Flaneur
1ª, 2ª e 3ª pessoas
'Querer...
Você sabe que eu te quero?
Sonhar...
Sentir...
Você sabe que sonho com teus carinhos?
Desejar... '
Depois de tanto tempo sem querer amar, quis... E a menina se perdeu no medo de se entregar... E perdeu também a chance de falar... Quis deixar pra depois, mas o depois não dá espaço para atrasos...
A menina sorri ainda ao ver quem quer bem, mas não conta... É segredo dos mais secretos que guarda pra si. Só.
A menina também tem ciúmes. Do que não tem sentido de ser e de ter. Como ela pode ter ciúmes de alguém se esse alguém nem sabe do seu querer bem?
Quisera eu falar por ela, mas não posso. Não me deixo invadir a vida real dela... Eu sou só o escape, a fantasia... Sou quem faz tudo o que ela deseja, sonha, quer acontecer. E ela me ama por isso. Mais do que devia as vezes... Se esquece do mundo real. Mas o que é real?
Esse sentimento é real... De medo de gostar do outro, de medo de se abrir o coração e o ter arrancado antes da hora.
"E existe hora pra se arrancar um coração?"
Não! Não existe... Mas entende, ela queria poder aproveitar o sentimento, curtir, sentir no mais real da palavra, antes de ter arrancado o coração...
"Mas assim não dói mais?"
Dói! Mas ela não sabe! E do que vale a vida se basear em não-ocorridos? Ela quer dizer que sentiu, que viveu... Que fez...
"Veja, a menina está chorando... Uma criança já, e chorando."
Ela confusa, ela feliz, ela triste... Ela do jeitinho que ela é.
Ela:
O QUE É O CHORO. ESSE ATO TOLO DE DERRAMAR LÁGRIMAS PELOS OLHOS...
ESSE FICAR TRISTE QUE NÃO TEM FIM
ESSE LEMBRAR DE CADA DOR CADA DESAFETO CADA DERROTA
PRA QUE LAVAR A CARA SE AS MARCAS JÁ SÃO PROFUNDAS O BASTANTE PRA NÃO SAIREM
NUNCA
O QUE É ESSA ESPERANÇA QUE NUNCA MORRE
POR MIM ACABAVA LOGO COM ESSA HISTÓRIA DE DIAS DE SOL, BORBOLETAS NA JANELA PÁSSAROS CANTANDO...
melhor não... dorme e sonha...
Você sabe que eu te quero?
Sonhar...
Sentir...
Você sabe que sonho com teus carinhos?
Desejar... '
Depois de tanto tempo sem querer amar, quis... E a menina se perdeu no medo de se entregar... E perdeu também a chance de falar... Quis deixar pra depois, mas o depois não dá espaço para atrasos...
A menina sorri ainda ao ver quem quer bem, mas não conta... É segredo dos mais secretos que guarda pra si. Só.
A menina também tem ciúmes. Do que não tem sentido de ser e de ter. Como ela pode ter ciúmes de alguém se esse alguém nem sabe do seu querer bem?
Quisera eu falar por ela, mas não posso. Não me deixo invadir a vida real dela... Eu sou só o escape, a fantasia... Sou quem faz tudo o que ela deseja, sonha, quer acontecer. E ela me ama por isso. Mais do que devia as vezes... Se esquece do mundo real. Mas o que é real?
Esse sentimento é real... De medo de gostar do outro, de medo de se abrir o coração e o ter arrancado antes da hora.
"E existe hora pra se arrancar um coração?"
Não! Não existe... Mas entende, ela queria poder aproveitar o sentimento, curtir, sentir no mais real da palavra, antes de ter arrancado o coração...
"Mas assim não dói mais?"
Dói! Mas ela não sabe! E do que vale a vida se basear em não-ocorridos? Ela quer dizer que sentiu, que viveu... Que fez...
"Veja, a menina está chorando... Uma criança já, e chorando."
Ela confusa, ela feliz, ela triste... Ela do jeitinho que ela é.
Ela:
O QUE É O CHORO. ESSE ATO TOLO DE DERRAMAR LÁGRIMAS PELOS OLHOS...
ESSE FICAR TRISTE QUE NÃO TEM FIM
ESSE LEMBRAR DE CADA DOR CADA DESAFETO CADA DERROTA
PRA QUE LAVAR A CARA SE AS MARCAS JÁ SÃO PROFUNDAS O BASTANTE PRA NÃO SAIREM
NUNCA
O QUE É ESSA ESPERANÇA QUE NUNCA MORRE
POR MIM ACABAVA LOGO COM ESSA HISTÓRIA DE DIAS DE SOL, BORBOLETAS NA JANELA PÁSSAROS CANTANDO...
melhor não... dorme e sonha...
Chego em casa, tudo em seu lugar...
A caneta no chão da sala, a janela entreaberta, a cadeira parece olhar prum quadro... Seu.
Seu sorriso pintado na parede do meu quarto.
Tudo no seu lugar e eu deslocada.
Eu perdida em mim.
Eu, só.
Pensei em escrever algumas linhas pra você, pensei em talvez mandar uma carta...
Pra onde?
Não sei onde você está. Sei que não está aqui.
Em mim.
Talvez escondida, mas não te alcanço, e te procuro e me perco.
Eu, só.
A caneta no chão da sala, a janela entreaberta, a cadeira parece olhar prum quadro... Seu.
Seu sorriso pintado na parede do meu quarto.
Tudo no seu lugar e eu deslocada.
Eu perdida em mim.
Eu, só.
Pensei em escrever algumas linhas pra você, pensei em talvez mandar uma carta...
Pra onde?
Não sei onde você está. Sei que não está aqui.
Em mim.
Talvez escondida, mas não te alcanço, e te procuro e me perco.
Eu, só.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
O que escrevo não é o que escrevo. É outra coisa, subtendida, econdida, entre-linhas...
O que as palavras dizem não são um terço do que sinto do que penso.
Nem eu sei tudo o que penso.
Mas sei que tudo o que digo pode tentar dizer outra coisa que não foi dita.
E ao escrever, quando não me explico, todos entendem diferente do que queria. Mas escrever é a única coisa que posso fazer pra me expressar.
Escrever é viver.
Viver...
SerLivre.
"Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas."
Clarice Lispector
O que as palavras dizem não são um terço do que sinto do que penso.
Nem eu sei tudo o que penso.
Mas sei que tudo o que digo pode tentar dizer outra coisa que não foi dita.
E ao escrever, quando não me explico, todos entendem diferente do que queria. Mas escrever é a única coisa que posso fazer pra me expressar.
Escrever é viver.
Viver...
SerLivre.
"Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas."
Clarice Lispector
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
O dia é estranho, o sol brinca de esconde-esconde nas nuvens carregadas. O que ele pensa ao jogar com toda força seus raios sobre mim?
A brisa vem e tenta amenizar meu calor, sopra carinhosamente em mim.
O sol curioso quer ver o que escrevo sobre ele, mas tem vergonha de mim.
Durante os dias mais frios, cinzas e tristes pedi por você. Sol. Te ver, sentir teu calor, espantar o dia. Em mim.
A brisa vem e tenta amenizar meu calor, sopra carinhosamente em mim.
O sol curioso quer ver o que escrevo sobre ele, mas tem vergonha de mim.
Durante os dias mais frios, cinzas e tristes pedi por você. Sol. Te ver, sentir teu calor, espantar o dia. Em mim.
Assinar:
Postagens (Atom)
Vem ver
-
Saudade De coisas antigas Mas não por isso velhas, Nem perdidas... Talvez deixadas, (maturando) Andando com próprias pernas E aprendendo nov...
-
Texto da foto: Orlando Pedroso Desenho da foto: Brincadeiras na parede do meu quarto... Logo logo eu vou pintar... Dias de nostalgia.....
-
Participo Ativamente Desse devaneio louco Essa entrega nova do novo e de novo Ativamente, participo desse devaneio novo, nessa entrega louca...
Beringela
Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...