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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Santa Chuva

Rabisca, rabisca com força o canto da folha.
Canto que antigamente sustentava pequenas palavras de carinho
e que a muito não são mais repetidas.

Rabisca, rabisca com força a parede do quarto.
Canta nela todas as músicas que escuta nesse momento.

Digita rápido e nem pisca,
as palavras precisam de força pra sair, estão inseguras, estão confusas;

É essa saudade que não passa de qualquer forma,
é essa saudade que cega,
é essa saudade que não espera mais,
é essa saudade que desespera.

É essa vontade onde nada é suficiente, onde nada é certo, onde nada é tudo o que me cerca.
Nada são as pessoas que me cercam
Nada sou eu
Não sou nada.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Me sento na calçada...

Caminho sem rumo certo por entre nuvens adocicadas
Suspiro suave a mudez da minha voz
Me calo com sua ausência tão presente
Me esquivo das tuas saudades que me devoram por dentro
Procuro formas de domar as vontades que me assaltam no meio da madrugada, do dia, do sonho...
Me perco no percurso de me procurar
Me agito me afasto me erro
Toco meu pensamento para que, junto com ele, possa te tocar.
Perco a hora, os dias, o tumulto de viver
Me canso, retomo o rumo, perco, ganho e me revelo.
O meu amar me impulsiona, me persegue
O meu amor me encanta, me inspira
O meu coração me domina, me esquece.
Num sobressalto percebo que foi apenas um devaneio, um relance de pensamento que me tomou por alguns segundos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

@caroltalks

Eu estava lendo umas coisas de uma pessoinha que descobri gostar e que me surpreendeu... Descobri tbm gostar dos textos e do modo como ela escreve...
Mas o que eu queria dizer no início da linha é que ao ler o que ela falava me deu uma vontade de escrever... Contar mesmo algumas coisas que tem ficado muito aqui pra dentro...
É que ano novo tem dessas coisas de pensar no que passou, no que tem por vir...
E por mais que eu faça isso quase todo dia, sei não... Tem um quê de mágica...
E eu tenho sentido falta de acreditar em mágicas...

O texto dela que eu li é tão fofinho, tão leve, que me inspirou...
Não só a escrever como a pensar...
Pensar nas pessoas que eu amo e que quero que passem mais um ano comigo, um século, um dia, uma hora.
Me lembrou que eu gosto da companhia dessas pessoas e que eu deveria procurar mais por elas...
Me lembrou que meu amor é tão grande que eu devo lembrá-las sempre que mesmo distante, mesmo calada, mesmo emburrada, mesmo bravinha, mesmo desanimada, essas são as pessoas que me fazem querer ser melhor a cada dia...
E mesmo que elas saibam eu devo e gosto de lembrá-las, vocês me fazem ser mais! Mais eu, mais humana, mais sonho, mais real, mais! Mais! Mais!

Então que seja doce, que seja azedo, que seja cheio de sabores e descobertas e redescobertas, e amores, e sonhos, e vôos nas nuvens, e companhias...
Que vocês sempre tenham um pedacinho da alma/coração reservado pra mim, porque o meu... O meu é todo de vocês.

Eu amo tanto, mas tanto!

Que vocês passem os dias comigo, presentes ou não, mas com a certeza que são presentes na minha vida.

Amo vocês.

sábado, 28 de novembro de 2009

She's scare to breath...

E me falta ar...




Pedra, vermelha, que brota do chão, traz junto um tremor...
Mas não foi o metrô que passou aqui por baixo...
Toma, fica com meu coração, ele já não é mais meu.
Ele não me pertence, embora habite o meu corpo.
Ele tem dona, tem companhia, mas anda só...
Ele é peixe vivo, e pode morrer fora d'água

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Te[x]te

E há tanto que eu quero te dizer...
Entre tudo o que me calo falta dizer que teu corpo, meu vício, é a falta mais presente no dia-a-dia.
É a falta que me chama o tempo inteiro, a falta rabiscada na parede, na pele...

Entre tudo o que me calo, falta dizer que você é o romance que eu leio todos os dias, visito em memória e sentimento.

Entre tudo o que me calo há o teu nome que eu não chamo. Não chamo porque nem sei o que espero, e o medo habita essas paredes em que estou guardada.

Entre tudo o que me calo existem poemas e prosas que tanto gostava de te contar, escrever, gritar a quatro ventos...

Entre tudo o que me calo há pedidos e vontades não saciadas... Me afogar em ti, me encontrar...

Entre tudo o que me calo resta silêncio.

E esse é o meu maior grito.


*desabafo pq acho que incomodei hoje

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

No país das maravilhas

"Você quer, não quer, você quer, não quer.
Você quer juntar-se a dança?
Quanto mais longe da Inglaterra, mais perto da França.
_Por outro lado - continuou Tweedledum
_Se assim era, assim pode ser;
e se assim fosse, assim seria;
mas como não é, não é.
Isto é lógico."
[Alice no país das maravilhas]

Acompanha meu raciocínio abstrato.
o que foi é o que não é
e assim, não sendo, continua...
Foi, voltou e partiu.
Mas continua, de uma nova outra forma,
Continua dentro e sempre presente

As vezes tenta saltar pra fora do peito,
faz chorar, sentir falta e talz...
Daí a gente se apaga um pouquinho
deixa tudo fluir, derramar
pra no outro dia acordar mais belo

É assim meu sentimento, é assim presente, gift...
E fica aqui perto, aqui dentro, sendo sem ser...
Não é?

domingo, 8 de novembro de 2009

Você se importa?

Procurei tantas formas de me encaixar
(ser exatamente o que precisava que eu fosse)
Procurei me adaptar, me tornar aquilo que eu queria ser

Não sei o que mudou, não sei ao certo o que mudei...
Mas me sinto perdida dentro de mim mesma.
Me sinto sem rumo, sem porto seguro.

E essa solidão inesperada me tira tudo, me dá tudo.

Queria uma casa, uma montanha, uma fuga.
Dessa realidade, da minha, da sua.
Queria uma negação tão grande que afirmasse exatamente o que eu sou.
Abdicar de tudo, esquecer de tudo para restar somente eu.

E esse eu fosse tão forte, tão puro que me envolvesse por completo, a ponto de não precisar mais de outros braços para me embalar, outros colos para me ninar, outros eus pra me completar.

Queria que esse eu fosse tão eu que não me esquecesse jamais desse que sou.
Dessa grande confusão, dessa grande mancha, dessa grande mentira que sou.

Mas como me procurar assim dentro de mim se eu não sei onde me deixei?

Os sabores, os cheiros, os toques, tudo o que senti, vivi, tudo o que estou, todos os lugares que sou, tudo isso me impede de ser esse eu tão sutil e volátil que procuro.

E ainda existe o medo, esse medo que vem de dentro e não tem fundamento nenhum.
Esse medo exatamente do eu que procuro.
Esse medo do eu que procuro
Esse medo que procuro
Do eu.

Agora, nessa noite, de procura, me enterro em mim, me afogo nessas lembranças, exatamente pra esquecer de tudo e me encontrar.

Nada me falta.
E exatamente desse nada que mais preciso.

Dá-me de beber desse nada que me compõe!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Noite, chuva, pensamento leve...

De olhos fechados eu sei que me encara
As vezes te sinto do meu lado
Quase sempre escuto tua voz
E sempre que sua voz fala, diz coisas importantes,

Escuto várias canções,
e inacreditavelmente cada uma me faz lembrar voce
Repito a que mais traduz o sentimento do momento...
A quase dúvida... A angustia e o medo... O sonho ruim...

Acordo várias vezes ao dia de devaneios loucos,
de arrepios e frios na barriga.
Cada pessoa que chama meu nome me faz querer te escutar me chamando

As vezes sua falta é muito presente
E meu te querer por perto ultrapassa o aceitável.
Carência sem fim que busco esconder dentro de mim.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Será que ainda?

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando. Por isso eu te liguei.
Mas esse sonho tive acordada. E acordei de uma fantasia que criei pra me proteger.
Te liguei chorando pra pedir ajuda. Pra me tirar dessa fortaleza sem cores sem cheiros e sem vida em que me enfiei...
Pedir que me tire de dentro de mim mesma.
Ou que ajude a colorir esse lugar.

Acordei chorando e te liguei pra contar o que eu descobri.
Esse sonho ruim que tive acordada me mostrou, me abriu os olhos, pr'eu ver que não consigo sozinha, e nem preciso.
Acordei pra ver que eu só sou sozinha se eu quiser.
Então liguei pra dizer que não quero.
Sozinha.
Quero junto, quero ajuda...
Me tira desse inferno que me meti?
Me tira de mim...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Me aperta contra o peito. Me envolve nos braços e volta.




Afeto,
Afeta.
A forma
A fôrma...
Recolhe o que envolve
Recicla e reforma.
Reúne caracteres e características
Revela o oculto pelo véu
Re-conhece o que já foi seu
Re-presente
E de novo em forma
Re-lembranças e de novo
Saudade
Do véu, do oculto, da revelação, da forma e do novo.
E de novo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

P(art)icipo

Participo
Ativamente
Desse devaneio louco
Essa entrega nova do novo e de novo
Ativamente, participo desse devaneio novo, nessa entrega louca e de novo
E de novo
E de novo...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

[In]sensatez

As vezes, só as vezes, eu quero, assim bem pouco que o seu corpo esteja tão longe de mim que o desejo se torne zero e que o seu cheiro, aquele bendito inconveniente, pare de me perseguir, fazendo assim que pelo menos por pouco tempo eu pare de querer tanto que o seu corpo, bonito corpo, fique assim tão perto e que seu cheiro venha de dentro de mim e o desejo envolva tudo ao seu/meu redor.

As vezes, bem as vezes, eu penso que quero bastante mesmo por um instante que seja sua a minha e que minha a sua inteira e que assim de pronomes possessivos eu possa ter-te minha e fazer-me tua de forma a saciar isso que não sei nominar, de uma vez por todas e todas de uma só vez. Fazendo uma troca nas palavras que nem eu possa entender que no final mesmo de tanta lorota tudo o que eu queria realmente te dizer é que.

*pausa para respirar já com dificuldade*

As vezes bem as vezes eu queria poder ter o dom, eu queria poder ter o som, eu queria poder dominar as palavras para poder moldá-las e dizê-las da forma que eu sinto e sentí-las da forma que escrevo. E que assim, escrevendo, eu possa viver e aprender a dizê-las sem que o mundo pareça doido demais para ouví-las.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009


desenha na carteira um coração
a saudade é um bichinho estranho que morde a gente
incomoda
faz adoecer
ficar de cama
perder a fome

desenha dentro do coração duas iniciais
o ser amado
as lembranças
as vontades
o amor
tudo isso cabe ali dentro? dentro de um coração tão pequeno?

desenha asas no coração
ele voa?
para onde?
sozinho?
feliz?
machucado?

sonha com o coração, com o voar, com os sentimentos que habitam tão pequeno espaço...
mas que tudo, sonha com o ser amado, amando...


(noite do dia 21, ou madrugada do dia 22... o relógio marca meia noite e quarenta e seis, escuta uma canção diferente... não traz lembranças. por que escuta essa canção? não cria lembranças com ela... tenta fazer com que as lembranças parem de se amontoar, parem de se lembrar... as vezes parecem tão reais que pode sentir na pele o arrepio... as vezes parece que sente de novo aquela velha agitação, de quando as borboletas invadiam seu estômago, que quase tremia com a visão do ser amado, que seu cheiro entorpecia os sentidos, que era só o sentir... era só sensação, parava o mundo e só restava ali a amada e o sentimento. era tão vivo, era tão lindo! hoje quer com as lembranças sentir aquilo tudo outra vez... aquilo que faz tanta falta... porque não consegue se sentir assim com outra pessoa? porque não se entrega? *mas a quem se entregar?* ela sonha com a sensação de paralisia ante a uma pessoa. de descontrole. aquela sensação de se perder no espaço e no tempo para se encontrar no olhar, no toque, na pele da outra pessoa. de outra pessoa... ela sonha com o passado, ela sonha com o futuro... ela sonha... com a mudança... sonha, sonha, sonha...)

Eu acho que o universo conspira.
Vou dizer porque...
Estava chegando em casa hoje, chovendo... Me senti bem... Lavando a alma, sabe?
Comecei a cantarolar a música Chover, Cordel... O que acontece? Na parte em que se diz "meu povo não vá-se embora pela Itapemirim, pois mesmo perto do fim nosso sertão tem melhora, o céu tá calado agora, mas vai dar cada trovão!" O céu estremeceu ao som de um trovão. Balançou tudo!
Sorri.

Em casa, fui atualizar o fotolog... Quis colocar essa imagem linda da borboleta listrada, como uma zebra... Lembrei da música do Hendrix, Little Wing... Postei... Daí "descobri" que num cd a Cássia canta essa música. Fui procurar na internet, quando encontrei, descobri ser um cd dela que comprei a muito tempo, mas nunca ouvi com atenção... Na época, passei o cd uma vez pra ver se havia alguma falha...

*parei de escrever pra repetir a faixa nove do cd, Little Wing*

Voltando ao caso que conto. Procurei entre os meus cds e o encontrei. Coloquei o cd, abriu o media player, automaticamente... Aqui, o fantástico acontece de novo. Meu player toca as músicas aleatoriamente. Ao colocar o cd e começar a tocar, adivinhem qual faixa que toca?
Pois bem, faixa nove.

Fantástico como essas coisas que acontecem sem nosso controle podem ser lindas...

Que sejam!

Well she's walking through the clouds
With a circus mind that's running round
Butterflies and zebras
And moonbeams and fairy tales
That's all she ever thinks about
Riding with the wind
When I'm sad, she comes to me
With a thousand smiles, she gives to me free
It's alright she says it's alright
Take anything you want from me
You can take anything, anything
Fly on little wing
Fly on little wing
Fly on, fly on, fly on...


Sentei ao lado da janela e observei a chuva cair,
Gosto de olhar as gotas... Parecem se entregar nessa queda...
Seguras do chão que as vai aparar.
Quis me jogar com elas, com cada uma delas, esperando que me aparassem...

Sempre tem alguém pra me aparar... Amigos, amores...
Ao pensar nisso uma chuva de lembranças varreu minha mente...
Saudades apertaram, envolveram... Me deram segurança...
Tanto do caminho percorrido... Tanto à percorrer...

Me joguei, por dentro e por fora...
Na chuva que me levou...
Molhada, cansada, cheia de quereres me atirei, braços abertos, olhos fechados.

Estou confiante. A queda, a entrega.
Suspiro de ansiedade... As cartas estão na mesa...
Espero que alguém me ampare...

domingo, 13 de setembro de 2009

Abro a porta e a deixo entrar...

- Não sabia que vinha...

Passo a tarde toda em sua companhia, mas quase sem falar...
Escuto tudo o que ela diz... As vezes pareço compreender, mas o maior tempo que passo é a desvendar tudo o que escuto.

Coisas que a muito já aconteceram, coisas que nunca existiram... Coisas, coisas e coisas...

N'Algumas lembranças nem me reconheço... N'outras me vejo...
Sei que todas são minhas, de uma forma ou outra... Mas elas me arranham... Tiram sarro de mim...
Ela tira sarro de mim.

Vem até minha casa só para me atormentar...

Abri a porta e deixei a saudade entrar...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

phoenix

Faz muito tempo que não te falo. É que tanta coisa aconteceu na minha vida. E não tem ideia de como estou mudada. Eu queria te dizer que tudo vai bem, que estou feliz, que não choro as vezes...
Mas isso não posso. Um dia eu vou estar feliz, vou sorrir com mais facilidade e não vou chorar por esses motivos.
Sabe, eu quis te escrever antes, desculpe a demora. Mas talvez fosse melhor falar só agora, é que as vezes é bom guardar algo que seria dito e esperar a hora certa.
Pode parecer cruel ou frio, mas muitas vezes é cuidado.
Não sei mais. Me perdi em pensamentos ao ouvir uma voz familiar. Me perdi dentro de mim mesma, dentro de coisas que pareciam tão...!
Um suspiro me põe de volta ao regular. Regular porque não está mais fantástico. Pareceu que seria de outra forma, mas talvez não estivesse preparada. Ou segura. Ou.
Pareço estar um pouco perdida. Talvez porque o esteja. Mas eu sei que estou perdida ao mesmo tempo que sei onde estou.
Não digo que é fácil...
Engraçado, agora pensei na raposa. Sabe? A do pequeno príncipe? Pensava na felicidade... Acho que minhas quatro horas ainda vão chegar... Talvez... Não quero me encher de esperanças... Mesmo que uma pessoa sem esperanças seja por demais triste.
É que não quero me encher demais em esperanças e deixar de viver. De sentir...
O que eu queria mesmo...

Nem eu sei ao certo...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Suspense

As pessoas olham, suspiram.
O homem se aproxima
Ela ainda respira.
Perplexos todos a rodeiam, todos a admiram,

Silêncio
Ela tenta falar, mas as palavras não se formam.
Muito sentimento.
Pouca coesão.
Entre ofegantes sílabas, todos entendem o que ela diz:
Eu morri...
...de amores...

sábado, 29 de agosto de 2009

Alguns dias nada falo por não ter assunto...
Em outros sobra assunto, mas não sei por onde começar.
Em muitos me perco nos caminhos entrecuzados da minha cabeça.
Há ainda os dias em que só penso em uma mesma coisa... Num mesmo alguém...
Há dias de conflito...
Dias de calma...
Dias de dor...
Dias de risos...
Dias de choro...
Dias de desencontro...
Dias de descobertas...
E há aqueles dias em que tudo acontece... De tudo um pouco... E que de tanta coisa parece que demorou uma eternidade pra passar...
Dias cheios.

Hoje eu decidi acreditar em sonhos.
Hoje eu...
Ah!
Hoje eu tive um dia cheio, e preciso sonhar.

entre a sombra e a alma...

Por que eu gosto do toque na minha pele quando ela te toca
Por que meu toque é tão sutil em você tão frágil

Cristal...

Eu gosto do que o teu corpo faz, de como ele reage
E eu busco maneiras diferentes de tocar, buscando suas reações...

Desejo...

De dentro do teu abraço meu abraço me acolhe também
Junto do teu sorriso meus olhos brilham um pouco mais forte,
E por você eu mudaria o passado, todas as cores do arco-íris,
o sabor de cada coisa...

Te ter entre a sombra e a alma.
Do nosso jeito.
Mais uma vez.


(texto original de um reescrito e já postado)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

fragmento de criança

um dia eu tive tudo o que queria.
quer dizer, tinha os brinquedos que queria...

não. na verdade eu tinha uma calculadora que era um controle remoto espacial mega utilitário que tinha caído no meu quarto de dentro de um filhote de furacão.

mas o que isso quer dizer é que eu tinha o que eu precisava,
mas eu não queria brincar sozinha.

eu queria desenhar junto.
peguei papel, canetas, lápis e fui chamá-los pra desenhar comigo.

não sei ao certo o que aconteceu, mas eu me lembro brava, jogando tudo no chão e chorando de birra, aí ela disse 'se você tá assim a gente não vai continuar desenhando com você'...

e não continuou.




foi a primeira vez que eu me lembro de ir dormir chorando. e ser ninada nesse choro...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Derr[amar]

Tenho saudade constante...
Já sofreu disso?

É um querer sempre mais, sempre mais e sempre mais...

E isso, pra lhe ser sincera, me dá muito medo.

E eu tento me segurar, me controlar... Digo, segurar esse sentimento, esse querer sem fim!

Tenho sofrido desse mal a muito tempo... E sinto informar... É pra sempre...
Não tem cura e dizem até que se morre disso. Mas aí o nome muda... Dizem ser "morrer de amores"...

Morrer... Sim, parar de respirar. Eu até hoje ao vê-la morro. Pra renascer logo depois, sim. Mas morro. Fico um segundo, um milésimo, que seja! Sem respirar...
Ah! e também morro, assim, por tempo curto, quando ela sorri... É tão bonito! Minha palavra emudece com a beleza, e morro assim, em silêncio.

Mas quer saber quando essa morte parece ser infinita? Quando vejo seus olhos transbordarem por alguma tristeza. Dói, aperta! "Porque? Não! Não deves nunca sentir dor!"
Se eu soubesse como fazer com que não sentisses dor!
Eu a amo.
Fato.
Real.
E verídico.
E de credibilidade comprovada.

Mas é que esse morrer, e esse mais insensato medo de morrer, morrer de dor, me faz errar.
Me faz chorar.
E me faz ter mais medo.

É assim sabem? O medo traz mais medo. Como segurança traz mais segurança... As coisas similares se atráem também... Não achem que são só opostas!

Mas voltando. Nessa saudade constante, nesse morrer, eu perco o equilíbrio. Perco porque não me conheço suficiente pra controlar.
Mas tento! E tenho tentado, fazer com que seja eterno e que valha a pena!
Vale!

Eu venho aqui, falar pra vocês, o que queria falar com ela. Assim, olhando nos olhos!

Me desculpa por morrer de amores por você? Mas morro! Não consigo controlar!
Você sabe, e eu sei também, que é sentimento forte demais pra ser dominado, então a gente deve descontoladamente dominar o indominável... E assim vou seguindo... Tentando controlar uma força, que sim!, é maior, bem maior que eu. Maior, bem maior que tudo! Maior, muito maior do que esse nada que está, envolve e é o tudo.
Me desculpa por essa insensatez, essa louca insensatez, que muitas vezes fazem coisas que não coicidem com a minha vontade.
Você sabe, e eu sei também, que cada dia é uma prova, é uma chance de fazer acontecer. Fazer dar certo, que é uma escolha, uma descoberta, uma nova experiência, uma mágica!
Me desculpa morrer de amores, você sabe, e eu sei também, que todo dia eu acordo pensando em você e me entrego nessa louca sensação de se perder para se encontrar, e viver assim, levada por emoções tão fortes, tão lindas, são uma forma de se sentir vivo. E mais ainda, me desculpa, mas eu sou viciada em você. E sinceramente? É o único vício que eu não quero me livrar...
Você me encanta! Eu sou encantada por você...
Eu sei que não posso fazer nada pro passado ser mudado, mas eu posso pedir uma coisa? É uma coisinha só, mas significa o mundo pra mim...
Eu preciso de um recomeço...
Recomeça comigo, amor?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Eu tenho um dragão... Caio também tinha... Mas não!
Minha intenção não é imitá-lo; e sim mostrar que eu também tenho um...

E ele quando chega faz uma bagunça danada! Mistura um monte de sentimentos assim aqui dentro, e me deixa super agitada... Quase nunca sei o que fazer... Fico meio indecisa e com medo de machucá-lo; mesmo não podendo... Ele é maior que eu, mais forte, mais bonito...
E por tudo isso eu enfeito, cuido, preparo toda a minha casa pra que ele sinta que está a sua altura...

Quando ele vai embora, sobra uma imensa falta! Falta do que fazer com os dias que se tornam maiores... Falta da presença que preenche não só um cômodo, mas o mundo inteiro...
Eu amo o dragão... Talvez porque ele não seja meu... Talvez por sua liberdade... Liberdade essa que tento alcançar...

Meu dragão, que não é meu, me encanta de uma forma que eu não posso explicar... Eu sou apaixonada por ele e ponto.
Acontece que no cuidar de tudo pra que ele fique feliz quando me visita, acabo esquecendo de me cuidar... E acho que as vezes assusto ele... Sufoco... E ele acaba se afastando...

Daí eu fio triste e brava... Mas não com o dragão... Comigo mesma... É que nessa vontade de mostrar que eu me alegro com a sua presença me atrapalho toda... Então acho que ele pensa que eu não gosto dele...
Mas não é assim...

Eu passo os dias esperando que ele chegue com sua delicada tormenta que me envolve e me encanta e me motiva...
Eu passo as noites sonhando acordada com seu cheiro... Aquele que anuncia sua chegada, aquele que é só dele e ninguém consegue imitar...

As vezes olho pro lado e quase posso vê-lo ali, a me observar...
Quando acordo e não o vejo me fecho... E penso que talvez ele não exista, que dragões são saídos de contos de fada e que essa realidade dura e cruel que a gente vive é verdade...

Mas ele volta, e apaga esses pensamentos errados, e mostra que a realidade pode ser sim colorida e cheia de sabores e cheiros que, de tão bons, parecem sorrir!
Deve ser o modo que ele se move...
Ou sonha...

Não sei muito bem...

sábado, 8 de agosto de 2009

Se

Se alguém encontrá-la, diga que sinto saudades.
Diga também que não durmo a noite, que não consigo pensar noutra coisa além dela e que ela faz uma falta que não se mede.
Se alguém encontrá-la diga que quero muito muito vê-la, nem que seja rapidinho e nossos olhos se encontrem já se despedindo...
Se alguém encontrá-la, pare e dê um abraço, e diga que fui eu que pedi, e diga que eu quero um. Mil.
Se alguém encontrá-la... Se alguém encontrá-la...
Simplesmente sorria, o melhor sorriso que tiver, e diga que fui eu quem mandou...


Texto de 7 de junho desse ano... Acabei de encontrar... E bateu direitinho

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tormento

Às vezes, só às vezes, sinto que tenho tudo o que preciso bem na palma da minha mão. Não que eu não tenha o que preciso. Ao contrário do que tenha parecido, eu tenho sim. Mas quase nunca percebo o que tenho. Então sem saber que tenho, perco. Perdi... Perdi a linha de raciocínio, então voltando. Eu tenho, mas às vezes eu realmente percebo o que tenho, e valorizo, e fico feliz. Mas a felicidade passa quando penso no que não tenho e de repente penso que só de outra forma seria realmente feliz. Percebe o que acabei de te contar? Eu sou uma pessoa com a felicidade ao alcance das mãos, porque tenho muitas coisas, mas insisto em ser triste porque penso que somente com o que eu não tenho é que seria feliz.
Posses, faltas, alegrias e tristezas, tudo num tormento só... E é isso.
Pronto acabou.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Boa noite! Vou dormir... Até mais!"

Foi a última coisa que disse a ele naquele dia... Não fui... Fiquei acordado pensando em ligar, em ouvir a sua voz...

Não tive coragem, me senti pequeno, mas tão pequeno que meus pés não alcançavam mais o chão da cadeira onde me sentava...

Depois disso nos encontramos, nos conversamos...

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a memória desse dia... Ah! A memória desse dia ainda me dá nos nervos... Sentia sua falta, queria seus braços, seu aconchego... Mas não pude ter... É tão egoísta pensar assim... Mas é que ele me deixa tão em paz! Eu gosto de me sentir pequeno, criança, quando ele pode envolver meus medos eu no seu abraço...

E mais que tudo, muito mais do que eu, gosto de poder envolvê-lo nos meus e segurar os seus medos... Proteger, cuidar...

Espero que ele saiba, porque tudo isso quis dizer naquele dia que meus pés não alcançavam o chão, que minha mão não alcançava o telefone na parede e que eu não disse que o amava...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cause everything is easier when you beside me...

Aqui perto tem uma praça... Ela está em construção, mas os canteiros foram tomados de plantas da região... Puro mato pra quem vê de fora...
Mas passando muito do meu tempo lá percebi que eram as plantas que mais atraiam os insetos...
Fico horas lá, parada olhando...
Borboletas de todos os tamanhos e cores estão ali... Essa praça me deixa bem contente...
Há joaninhas também, e grilos a fazer barulho, libélulas as vezes passam... Abelhas voam indiferentes não se importam com a minha presença... É um lugar extremamente agradável...
Aconteceu algo hoje de manhã, quando resolvi dar uma volta por lá...
Um garotinho estava observando borboletas também...
Ele só observava... Eu o admirei... Nesses tempos é difícil ver uma criança "perder" seu tempo com coisas assim...
E eu o admirei...

De onde venho não "perdemos" mais assim o nosso tempo...
Tudo é muito corrido, tudo é muito sem tempo, tudo é muito compromisso e acabamos atropelando as horas e perdendo essas coisas que fazem um dia especial...
Não é que não existam praças onde possamos ver borboletas, joaninhas e afins...
Nós é que não percebemos que elas estão lá...
Eu o admirei por observar o que custamos a ver...

Mas então meu coração virou caquinhos... A avó desse garoto chegava com duas sacolas, uma usada de luva para pegar as borboletas e a outra como o recipiente para colocar as recém capturadas. Juro que chorei... Por dentro...
Presenciei um ato de crueldade, não só com as borboletas... Mas comigo, meus olhos e meu coração... Me senti ali, pega e presa, dentro da sacola, junto com as outras...
Primeiro me veio a dor... Um machucado de amor... Por amar as borboletas...
Depois uma raiva enorme de quem as capturara... Vontade de pular, grunir, virar um monstro e engolir neto e avó. Engolir aquela praça e qualquer outra coisa que fizesse sorrir... Devorar tudo e todos...
Depois a sensatez... Me aproximei e perguntei o que iriam fazer com as borboletas...
O menino: Vou levar pra minha casa! E mostrar pra minha mãe!
E depois que ela as vir, o que vai fazer?
"Talvez eu as coloque no meu quarto... Deve ser legal ter borboletas no quarto..."
Deve ser bem legal sim... Mas você não acha que elas vão ficar com saudade da casa delas?
"E onde é que elas moram?"
Aqui. Nas plantas da praça... Se você levar essas elas vão ficar com saudade de casa e das outras borboletas também...
"É verdade vovó?"

Então a avó o pegou pela mão, se afastaram de mim como se eu fosse um monstro a comê-los... Sacola nas mãos... "Vem flho, vamos mostrar pra mamãe o que a gente conseguiu hoje..."
Eu fiquei lá...
Observando...
Triste...

Eu que amava borboletas passei a odiá-las... Odiei por serem tão lindas... E odiei mais ainda por serem táo fáceis de se capturar...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Calm down, I'm calling you to say:

Vou me deixar consumir nessa dor que arrebate e sonda
Esse caos que se instaura no mais profundo do eu que não sei quem é

Essa voz que diz tantas coisas que mal posso me escutar
Essa calma que tenta domar o indomável do eu, o frênesi

Se eu fosse outro
Se eu fosse eu
Se eu fosse
E não voltasse

E continuasse indo até descobri onde me deixei.

Em qual esquina ficou o que eu achava correto

Onde acho-me

Saudade de sonhar
E viver sonho
A liberdade do pensamento traduzida em sentimento...

Saudade de mim que não tem tamanho.

Pergunto, espero que sim, espero que encontre... Pergunto, me deixei contigo?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Porque eu gosto do toque na minha pele quando ela te toca
Porque meu toque é tão sutil em você, tão frágil,

Cristal...

Porque eu gosto do que o teu corpo faz e de como ele reage.
Porque eu busco outras maneiras de te tocar, buscando suas reações,

Descobertas...

No teu abraço meu abraço se completa.
No teu sorriso meus olhos se iluminam.
Nas suas palavras minhas palavras encontram conforto.
Na tua boca meus lábios encontram o tão necessário silêncio.
Em ti encontro minha paz...

Amor...

domingo, 21 de junho de 2009

Apenas um palpite...

Uma varanda
Noite fria

A janela aberta convida meu corpo a se manter na cama, aquecido.
A noite estrelada me convida pra deitar sob o céu e procurar contelações...


- Já fizemos isso tantas vezes!

- Eu ainda gosto!


Na varanda duas toalhas dispostas lado a lado
Noite fria trazendo o edredon de dentro do armário


O céu aberto mostrando todas as estrelas que podem ser vistas com tantas luzes acesas...


- A gente podia fazer um curto circuito desligar todas as luzes da cidade né?

- Seria legal, se não atrapalhasse alguém que precisa da energia elétrica sustentando uma máquina que sustenta uma vida...

- Poxa! Você é tão sem graça! Sonha comigo!

- Ah! Você não me explicou que era sonho...

- Você só entende metade das coisas que eu te digo...


Na varanda as duas dividindo o mesmo edredon
Noite fria aproximando todos os contrastes


- Eu gosto de olhar estrelas, principalmente com você... Mas quando acontece de vê-las sozinha, eu sempre lembro de você...

- Eu amo olhar estrelas com você. A gente se divertia tanto... Lembra?

- Se todos apagassem as luzes seria muito mais bonito...

- Olha... As luzes... É impressão minha ou estão todas se apagando?

Na varanda é noite fria. Dois corações batem juntos ao se deparar com uma surpresa agradável...
As estrelas iluminam a noite sem nuvens. Uma estrela cadente passa. As duas pensam juntas, mas sem saber que essa estrela é apenas lixo espacial.
Mas se calam. E fazem um pedido.

A magia está naquilo que achamos mágico.

E elas acharam...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Quer saber?

Eu desisto.
Sim, entrego os pontos, jogo a toalha...
De-sis-to!

Cansei.



E me dói.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sentir...

Em sentimentos toda a minha vida está baseada.

Desde um momento até hoje digo que o que sinto é amor.

Sim amor piegas, bobinho, as vezes dolorido... Mas amor, puro amor.

Amor que cuida, amor que quer a felicidade do outro e que as vezes, amor egoísta, quer que o outro seja feliz com a gente mesmo...

Sentir...

Sentir é uma coisa tão gostosa quando sentido junto. Sentido. Sim faz...!

E acontece que tenho sentido saudades, e inseguranças, e medos... Vêem? Sentimentos. Contrastes que me apavoram. Que me fazem perder as estribeiras.

Tenho perdido o sono... Tive pesadelos hoje nas poucas vezes que preguei os olhos.

Fantasmas que não sei de onde saem pra me assustar. E conseguem.

Me pregam na cama, me imobilizam os sentidos, só pra sentir aquele que mais temo. O medo.

Fantasmas que me fazem querer colo. Um colo em especial.

Fantasmas que me fazem pedir ajuda na alta da madrugada...

Sentir...

Não se controla.

Sente-se.

sábado, 6 de junho de 2009

Heal over...

Você tenta
Eu acho graça
Você briga por que eu estou rindo
Eu sorrio e digo que não é de você
Você sorri e faz birra
Eu te mostro como se faz
Você observa com atenção
Eu me atrapalho e me machuco
Você fala bem feito
Eu faço drama e choro pelo machucado
Você acredita e se preocupa
Eu continuo fazendo drama
Você pergunta se é sério
Eu, como nunca menti bem pra você, começo a rir
Você me bate e fala pra eu nunca mais brincar com coisa séria assim
Eu páro de rir e falo que doeu
Você dá um beijinho pra sarar
Eu viro criança e peço colo

Quero passar a madrugada com você contando as horas pelo sino da igreja, cochilar e acordar várias vezes a noite só pra ver você do meu lado... Te ter nos braços, no colo, na pele... Sentir, provar, encolver, consolar, embalar, ninar...

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...