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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Balada do egoísta deprimido

Eu, eu. 
Eu, eu, eu, eu. 
Eu eu, eu eu eu, eu.
Eu.
Eu eu eu...
Eu eu, eu eu, eu eu eu.
Eu. Eu. Eu.
Eu eu eu eu. Eu eu, eu eu eu, eu eu eu eu eu e eu.
Eu eu eu.

Eu eu.
Eu,
eu,
eu,
eu.

Eu.

Era.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

You - The Pretty Reckless

Agora você vem com esse seu sorriso, essa sua voz macia, e me pede desculpas por algo que não fez. E me faz te odiar porque toda vez que você faz isso tudo desaparece. A dor, o desespero, a solidão.
Com poucas e simples palavras você faz com que tudo o que passei, toda nova cicatriz que ainda dói, ficar suspensa no ar. Insensível a tudo o que não seja amor.
É estranho e difícil entender isso tudo que é o amor.
É difícil entender esse amor.
Mas é assim mesmo. Complicado, difícil, e dolorido quando não o  sinto.

Eu olhei pro céu hoje a noite. Estava nublado, quase tudo encoberto, sem estrelas, sem lua...
Mas uma mudança no sentido do vento descobriu essa lua, esse quarto de lua... E aquele brilho fez tudo desaparecer. E adivinha só? Ele me lembrou você.
Irritantemente me lembrou a falta que eu sinto.
Me lembrou que eu quero colo, abraço, carinho... Mas mais que tudo, quero contato.

Me lembrou do seu sorriso. E de quão reconfortante ele consegue ser...

Não faz mal... Vou dormir com você na cabeça e torcer pra que eu sonhe... E acorde feliz... E que tenha contato.

Estou sozinha... Devo ficar sozinha as vezes...
Mas tudo isso é só pra falar que sinto sua falta. Muita.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

I won't be sad, but in case I go there...

Eu sabia da saudade, desde então ela era companhia certa pr'os meus dias.
Eu sabia das crises. Quando a gente gosta de alguém, corre sérios riscos de se machucar. E de graça, sem intenção, sozinho.
Eu sabia também da solidão. Quando a gente espera, não adianta muito tentar substituir...
Eu sabia da espera, minha desde sempre, do início dos tempos e dos tramites...
Eu sabia de mim também... Mas não o suficiente pra evitar que muito acontecesse...
O que eu não sabia é que era demais... Tudo demais... Tudo à flor da pele.
Superfície e embrenhado por todo meu eu.
Eu sabia, mas se não fosse? 
Ou se tornaria, ou sonharia... 
Silêncio.













Ler com
Dancing in the dark - Tegan and Sara (cover de Bruce Springsteen)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os textos não...


É bom ser lembrada
É bom lembrar o que as vezes me esqueço
E me esqueço quando vem 'a coisa'...
Essa coisa que aparece no meio do nada, da tarde, do sonho...

É uma certeza do incerto
Seria certo pensar?

Mas acontece que é bom ser lembrada das coisas que valem a pena.
Que me valem a pena.

Pode ser um me ligar no meio da tarde pra saber como estou e eu dizer sem palavras, em silêncio e lágrimas, que gostaria muito de um abraço. Precisava muito dele.

Pode ser um sinto saudades vamos nos ver e fazer algo bacana, combinado com uma música, um som pra me lembrar das coisas...

Sabe, eu ando desenhando na parede...
É pra ocupar a cabeça, fazer parar de vir 'a coisa'...
É que quando ela vem, o mundo pára e parece entrar todo na minha cabeça.
Aí já não consigo fazer nada, ser nada.

Quando 'a coisa' vem, eu me esqueço de você, de vocês... Só fica o resto do mundo...
E sabe... As vezes esse resto não vale muito a pena...

É inevitável...
O ela vir...
Mas com essas coisas que me lembram, talvez ela vá embora mais rápido...

E 'Ela' também vai embora com a chegada d'a coisa'... Mas Os textos....
Ah!
Eles estão na parede, nos cadernos, no coração...
Eles fazem parte de mim...
E o que faz parte de mim permanece.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nada tenho, vez em quando tudo.




Texto da foto: Orlando Pedroso
Desenho da foto: Brincadeiras na parede do meu quarto... Logo logo eu vou pintar...

Dias de nostalgia...
Nem ruim...
Nem bom...

Mas ando precisando de uns braços e abraços...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Que falta a falta faz?

Nada substitui o que eu sinto.
Não! É pior... Nada preenche esse buraco, esse oco dolorido que agora é o que antes foi meu coração.
Dramático? Muito. Mas é esse o desespero que invade meus dias e eu já não sei o que fazer
Eu sinto, vejo, ouço... Mas não entendo, e preciso entender.
Entender é a chave de tudo. É a resposta, ou até a pergunta mais importante.
Estou sensível, carente, facilmente irritável e tanto mais que me irrita pensar em listar... Me traz lágrimas aos olhos pensar em listar. Me dá vontade de,

Tenho escrito menos do que é necessário, tenho lido bem pouco, não tenho saído de casa. A não ser por algumas urgências. Só me demorei fora de casa num dia em que rir desesperadamente me pareceu uma boa forma de escape, dessa toda tensão depressiva que ocupou meu dia e meus pensamentos. E foi bom ter ficado fora. Digo que a relação da BHTrans e os índices de tuberculose pancreática foi imprescindível pra uma leve melhora e talvez uma grande mudança de perspectiva.

Talvez toda essa polidactilia verbal e essa religiosidade ateu me trouxe uma ligação com o mais afastado do meu eu, aquele que sempre se esconde, esquiva, equivoca. E agora, de frente pra mim mesma, posso tentar analisar e descobrir o porquê do choro, da crise, do surto que virá.

Hoje estou assim, insignificante e com um sentimento insubstituível. De fraqueza, incompetência...
É, eu sei... É tudo da minha cabeça... A maioria das coisas que eu sinto vem de dentro e não de fora...
Mas é o que eu estou sentindo... E é forte o suficiente pra fazer sentido.

Estou rodeada de palavras cheias de significados subtendidos, rodeada de ideias, saudades, vontades... Mas as frases da minha parede parecem fazer graça da minha cara. Cheias de si! Fui eu quem deu sentido a cada uma delas! Eu!

Que falta a falta faz?



"Não me pergunte por que estou triste,
Fico mais triste por não poder dizer-te porque 
esta dor existe e nunca cessa de me vencer"
 Fernando Pessoa

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

É coisa de criança.

A mãe está fazendo seus trabalhos da faculdade, o filho, pequeno ainda, chega desesperado pra ela:


-Mãe mãe! Hoje eu senti uma coisa estranha no peito, uma pontada estranha, eu tô com medo mãe!


-Quando foi isso - pergunta a mãe preocupada.


-Foi na hora do recreio... Eu tava com raiva, a Luciana não quis aceitar meu biscoito, mas aceitou o do Pedrinho. Daí veio a pontada...


-Você estava com ciúmes, meu filho... A gente sente isso quando gosta de alguém...


-Mas mãe, doeu! É assim quando a gente gosta das pessoas?


-É normal, quando a gente está apaixonado as vezes dói assim.


-E a gente morre disso mãe?


Ela negou com a cabeça, sorriu e passou a mão pelos cabelos do filho. Mas lá dentro ela pensou - Morre sim... Eu já morri.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...