Eu acabei de assistir uma série que eu gosto muito mas estava evitando acabar de assistir por apego e acabei pensando numas coisas e quis te contar.
A série fala sobre essa transição de adolescência pra adulto, tem um jeito muito gostoso de contar a historia dos personagens e eu sou apaixonado, aí finalmente juntei a força e coragem que precisava pra acabar e que bom que assim fiz...
Porque pra mim ela fala justamente sobre deixar ir as coisas, as pessoas, os momentos. E não é por deixar ir que eles deixam de existir, eles continuam como base formadora de quem se é.
E sei lá, talvez seja por eu ter chorado até a cara inchar, mas me vi pensando no passado. O que automaticamente me faz pensar no presente. E vou falar de mim, aqui, pra você, pra ver se dou uma forma nesse sentimento que é meio triste, mas não ruim.
Eu vivi muita coisa, muita coisa louca. Eu senti o mundo acabando um sem fim de vezes, meu coração parecia que ia quebrar, escorrer pelas mãos, explodir. E sempre pareceu pra sempre. Essas experiências foram cimentando que o pra sempre passa, que é eterno no momento e que logo outro momento chega.
Eu já chorei tantas noites, tantas! Pensando em tudo que perdi, que não ia poder viver, e poxa, ainda tenho momentos desses, mas também passa, e eu vivo outras coisas e vivo as mesmas coisas, assim diferente e igual, o tempo todo.
É muito louco isso, essa sensação tão grande dentro da gente, essa noção tão densa de que o fim é isso, esse peso que assenta no peito e prejudica respirar, mas uma hora passa. Não sei como, nem porque, mas passa. E aí vem outro nascer do sol, outro banho de chuva, outro beijo, as coisas se encaixam e fazem sentido. Só que essas dores que ja foram, elas também, permanem, sei lá.
Ficam sentadas no peito da gente esperando oportunidade de sair e de se chorar de novo. De sentir esse fim, tão profundo quando no momento primeiro que vivi.
Ai, não sei. Eu quis mandar em audio mas tá tudo tão caótico aqui e escrever me ajuda a pôr direção, então vim aqui.
Te mando esse texto-coisa só pra falar que sinto orgulho das dores que vivi. Elas me trouxeram pra esse hoje, por mais difícil que ele seja, mas é um hoje que por exemplo trouxe a gente de volta, diferente e meio igual, e que eu tô com saudade, que as vezes é bem difícil a não presença e que eu gosto muito quando a gente pode passar tempo e falar. De qualquer coisa, de tudo.
E que eu queria um abraço hoje, que sinto um cheiro de andar na vitorio marçola de noite, que escuto músicas na rádio da minha cabeça que não coloco pra tocar há tempos e que tudo que eu queria mesmo eram 10 minutos de você perto, na distância menor possível, de olhar estrelas no céu escuro e viajar por entre o texto e o sentimento.
Amo você.
P.S.: eu te escrevi direto no chat pq tinha certeza que se botasse no blog eu apagaria. Eu tenho uma mania terrível de demorar a te contar quando tô triste pq sempre acho que vou te deixar triste, e eu quero você feliz mas eu sei que não controlo nada nesse mundo.
p.P.S.: hoje eu achei uma bala chita de menta que sobrou do meu aniversário, acho que os planetas se alinharam pra mim.
p.p.p.s.: perdão que fui muito hoje, mas eu quis você pra dividir isso então tá aí, um testamento de pensamentos semi conexos e um grande carinho pro seu dia.
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