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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Momento

A sensação é de estar em alto mar. E depois daquele desespero de não ter pra onde ir vem a calma de onde se está.
Boiando, no silêncio das horas...
Tranquila...

Mas o medo sempre alcança a gente, medo de algum bicho que possa aparecer, medo do tempo que pode mudar, medo das horas se transformarem em dias... Medo de não aguentar...

Uma urgência de contato, de outra companhia... Uma urgência de dividir o momento.

Estar só as vezes ocupa muito espaço, sufoca.

E o silêncio da brisa, passando junto com o tempo,
Passando junto com os pensamentos...
Passando,
passando...
Embalam um sono mais sufocante ainda, sem nexo, anexo, contexto.

Uma coisa sobrepondo outra, numa dança, num movimento sem sentido...

Num tormento.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Santa Chuva

Rabisca, rabisca com força o canto da folha.
Canto que antigamente sustentava pequenas palavras de carinho
e que a muito não são mais repetidas.

Rabisca, rabisca com força a parede do quarto.
Canta nela todas as músicas que escuta nesse momento.

Digita rápido e nem pisca,
as palavras precisam de força pra sair, estão inseguras, estão confusas;

É essa saudade que não passa de qualquer forma,
é essa saudade que cega,
é essa saudade que não espera mais,
é essa saudade que desespera.

É essa vontade onde nada é suficiente, onde nada é certo, onde nada é tudo o que me cerca.
Nada são as pessoas que me cercam
Nada sou eu
Não sou nada.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...