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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Que falta a falta faz?

Nada substitui o que eu sinto.
Não! É pior... Nada preenche esse buraco, esse oco dolorido que agora é o que antes foi meu coração.
Dramático? Muito. Mas é esse o desespero que invade meus dias e eu já não sei o que fazer
Eu sinto, vejo, ouço... Mas não entendo, e preciso entender.
Entender é a chave de tudo. É a resposta, ou até a pergunta mais importante.
Estou sensível, carente, facilmente irritável e tanto mais que me irrita pensar em listar... Me traz lágrimas aos olhos pensar em listar. Me dá vontade de,

Tenho escrito menos do que é necessário, tenho lido bem pouco, não tenho saído de casa. A não ser por algumas urgências. Só me demorei fora de casa num dia em que rir desesperadamente me pareceu uma boa forma de escape, dessa toda tensão depressiva que ocupou meu dia e meus pensamentos. E foi bom ter ficado fora. Digo que a relação da BHTrans e os índices de tuberculose pancreática foi imprescindível pra uma leve melhora e talvez uma grande mudança de perspectiva.

Talvez toda essa polidactilia verbal e essa religiosidade ateu me trouxe uma ligação com o mais afastado do meu eu, aquele que sempre se esconde, esquiva, equivoca. E agora, de frente pra mim mesma, posso tentar analisar e descobrir o porquê do choro, da crise, do surto que virá.

Hoje estou assim, insignificante e com um sentimento insubstituível. De fraqueza, incompetência...
É, eu sei... É tudo da minha cabeça... A maioria das coisas que eu sinto vem de dentro e não de fora...
Mas é o que eu estou sentindo... E é forte o suficiente pra fazer sentido.

Estou rodeada de palavras cheias de significados subtendidos, rodeada de ideias, saudades, vontades... Mas as frases da minha parede parecem fazer graça da minha cara. Cheias de si! Fui eu quem deu sentido a cada uma delas! Eu!

Que falta a falta faz?



"Não me pergunte por que estou triste,
Fico mais triste por não poder dizer-te porque 
esta dor existe e nunca cessa de me vencer"
 Fernando Pessoa

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

É coisa de criança.

A mãe está fazendo seus trabalhos da faculdade, o filho, pequeno ainda, chega desesperado pra ela:


-Mãe mãe! Hoje eu senti uma coisa estranha no peito, uma pontada estranha, eu tô com medo mãe!


-Quando foi isso - pergunta a mãe preocupada.


-Foi na hora do recreio... Eu tava com raiva, a Luciana não quis aceitar meu biscoito, mas aceitou o do Pedrinho. Daí veio a pontada...


-Você estava com ciúmes, meu filho... A gente sente isso quando gosta de alguém...


-Mas mãe, doeu! É assim quando a gente gosta das pessoas?


-É normal, quando a gente está apaixonado as vezes dói assim.


-E a gente morre disso mãe?


Ela negou com a cabeça, sorriu e passou a mão pelos cabelos do filho. Mas lá dentro ela pensou - Morre sim... Eu já morri.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...