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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Somente

A vista daqui de cima é deslumbrante.
Essa cidade, as vezes tão sem graça, acaba por ter certos encantos...
Nós é que esquecemos de procurar.


O dia começou devagar, desânimo, calor, impaciência.
A ansiedade que me consome parecia estar mais esfomeada.
Respirar era pesado.


Agora, aqui de cima, nesse silêncio, consigo repensar o dia.
De alguma forma me fez falta.
De uma forma que eu ainda não consegui entender para poder te explicar.


Passei o dia ansiosa por te ver, passei o dia querendo te encontrar.
Mas agora, aqui de cima, a falta parece ser mais latente.
Algo falta dentro de mim.


Algo...


A vista daqui de cima é meio poética...
Mas minha poesia não está completa.


Acho que a vida tem certos encantos...
Se importa se eu te procurar?

Rapte-me camaleoa...

Me tira de órbita, balança meu mundo. Segura minha mão e me carrega com você.

Preciso de algo assim, borboletas no estômago... Ansiedade... Eterna (re)descoberta...

De si. Do outro.

Mas tudo é tão difícil... Eu não me deixo experimentar o que pode estar ao alcance.
Mas como saber?
Pergunto, realmente curiosa, existe uma receita?

Essa inquietação que perturba meu sono, me traz sonhos e mais sonhos e mais sonhos...

Quando é que esses sonhos se tornarão reais e palpáveis?

Queria que as vezes as coisas não fossem assim, cheias... De opiniões terceiras, desafetos, confusões.

Me leva pra onde não machuque mais?

Onde nada possa me atingir?

Prometo fazer de tudo pra te mostrar a poesia que eu vivo, que eu faço pra viver.

Quem sabe, assim, eu faça uma pra você.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...