Reviro folhas e lembranças antigas, mofadas dentro da gaveta. Outras jogadas no canto do quarto cheias de pó (de estrelas) Abro caixas e caixas - cheias de vazios Faltas do que nunca experimentei Faltas do que nem vi chegar Anos e anos rabiscados em cadernos velhos O frio da memória me invade (há muito tempo) Mas agora me despeço. Não do que fui, ou (se) foi. Mas do que não me deixava partir. Me parto inteira, agora sim. Assim, sem explicações. Me parto para me encontrar, completa, leve, nova. Reorganizo o armário e a vida. Cansei das antigas esperas. A vida é curta demais pra desperdiçar sentada no sofá com um cigarro a queimar sozinho na mão. Prefiro os suspiros...