Como posso viver com toda essa contradição, escolhas, acertos e erros.
Não dá pra voltar atrás, e se voltasse como saber que não faria tudo exatamente igual.
A crueldade do coração partido. A dor de partir um coração.
O peso das coisas.
A falta da presença, a presença dessa cor. Aquela cor que eu gosto e que falta.
E que some e que dói.
Volta e repete e explica que não há explicação, não há recurso nem re-consideração.
Consideração. Que consideração é essa que esquece, ignora?
Que passa por quem tanto ama e não vê? Que finge que não escuta o chamado, que não quer chamar?
Esse amor... Meu amor quer um amor pra chamar de meu. Quer uma mulher pra chamar de minha.
Meu amor “possessivo” não serve pra amar seu amor livre. Não encaixa.
Gasto meu tempo pra ver se o tempo passa e que mude.
“Deixei a vida passar...”
Ultimamente tenho sido irracional e cruel, conscientemente.
Tenho ciência pra saber que minhas ações mais recentes são calculadas. São visando atrapalhar, são defesas que uso sem que me ataquem.
Posso imaginar que, inconscientemente, eu possa ter sido assim, tentando defender o que (não) era meu.
Busco pelos cantos o que não quero encontrar. Olho pros lados tentando não ver.
Quem sou eu pra julgar os outros, quando não sou juíza nem de mim.
Eu quero é entender. E ter paciência pra esperar por respostas que se escondem. Elas têm hora certa pra se mostrar. Cedo ou tarde demais. Ou no tempo certo. Ou nunca. Ou quando fôr.
Quero deixar de cantar ‘espero’, quero fazer algo da vida enquanto o tempo passa, pra poder aprender alguma coisa. Pra poder viver e não passar pela vida.
Quero deixar de ser vingativa, quero parar de picuínha, quero tanta coisa e tão pouco.
Quero poder ser eu, assim, defeituosa. E não errar tão sério.Queria acreditar que nunca houve amor. Ficaria mais fácil. Mas tentar ignorar algo que faz parte da minha história, dói mais ainda.
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