Lembranças...
Quem um dia vai entender que elas são o que eu sou...
Se fico triste lembrando é porque eu quero sorrir pensando no que já enfrentei e consegui.
Essas coisas não sáem da minha cabeça, do meu corpo, do meu coração, do meu espírito...
Não sái de mim...
Não vai embora e nem queria que fosse...
Isso tudo sou eu, simples e complexamente.
Tive vontade de sair por aí, correr, gritar, chamar, chorar, sorrir.
Tive vontade de ouvir... Ouvir ouvir ouvir...
Escutar tudo o que viesse de você, cada caso, cada casa, cada tropeço-vitória-ânsia.
Cada minúcia que por acaso quisesse me contar.
Estaria ouvindo, calada, sorrindo.
Tive vontades...
Tive esperanças...
E matei-as uma por uma. A sangue frio. Com muita dor...
Pra mim.
Sou forte, sou triste, sou nostálgica, sou confusa, sou medrosa, sou saudosista, sou megalomaníaca, sou responsável e 'in', sou uma muralha e sou fraca, fraca, fraca.
E só.
Não por não ter ninguém comigo, ao lado, por perto, pensando, torcendo...
Mas por ser humana, e saber que as escolhas e colheitas são minhas.
E minha culpa. Caso perca, caso ganhe.
Não sou só por dispensar companhias que me são tão agradáveis e tão especiais.
Sou só por saber que ninguém jamais vai entender por completo o que sou eu.
Como eu nunca vou entender o que é cada um dos que quero bem.
E quis...
Somos únicos e singulares e tudo o mais que estamos cansados de ouvir.
Mas hoje eu percebi que somos sós. Por mais íntima que alguém possa ser, por mais que possa compreender e respeitar, sempre temos algo só nosso que as outras pessoas se recusam a entender.
Não digo isso com tristeza. É simplesmente o que eu sou. E ninguém tem que se preocupar com isso. Talvez porque é o que me faltava aceitar, tenho sido gentil esperando coisas em troca. E para quê? Não quero nada em troca, nem que reparem na minha gentileza. Assim sou e faço porque é o que necessito fazer. Como vivo, como me aceito.
Sou assim, ame ou odeie.
Não faço tudo o que falo... Mas tenho tentado ser o mais justa possível com minhas palavras.
Não sou perfeita, mas identifico meus erros e corro atrás para saná-los.
Meus defeitos são também bases para toda a minha estrutura.
Nem por isso mantenho-os.
Nem por isso acabo com eles.
Um dia de cada vez, um passo a cada vez, um erro, um problema, uma coisa de cada vez. Esperando, sorrindo, chorando... Tudo no seu tempo. Tudo na sua hora. Tudo na medida certa pro coração não amolecer demais e nem virar rocha. Tudo como deve ser... Naturalmente...
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quarta-feira, 11 de março de 2009
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