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sábado, 28 de novembro de 2009

She's scare to breath...

E me falta ar...




Pedra, vermelha, que brota do chão, traz junto um tremor...
Mas não foi o metrô que passou aqui por baixo...
Toma, fica com meu coração, ele já não é mais meu.
Ele não me pertence, embora habite o meu corpo.
Ele tem dona, tem companhia, mas anda só...
Ele é peixe vivo, e pode morrer fora d'água

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Te[x]te

E há tanto que eu quero te dizer...
Entre tudo o que me calo falta dizer que teu corpo, meu vício, é a falta mais presente no dia-a-dia.
É a falta que me chama o tempo inteiro, a falta rabiscada na parede, na pele...

Entre tudo o que me calo, falta dizer que você é o romance que eu leio todos os dias, visito em memória e sentimento.

Entre tudo o que me calo há o teu nome que eu não chamo. Não chamo porque nem sei o que espero, e o medo habita essas paredes em que estou guardada.

Entre tudo o que me calo existem poemas e prosas que tanto gostava de te contar, escrever, gritar a quatro ventos...

Entre tudo o que me calo há pedidos e vontades não saciadas... Me afogar em ti, me encontrar...

Entre tudo o que me calo resta silêncio.

E esse é o meu maior grito.


*desabafo pq acho que incomodei hoje

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Damas do Domingo

Assim sigo o caminho
Mundo novo de novo
Oculto mas não esquecido
Rabisco palavras de amor no meu caderno

sábado, 21 de novembro de 2009

No país das maravilhas

"Você quer, não quer, você quer, não quer.
Você quer juntar-se a dança?
Quanto mais longe da Inglaterra, mais perto da França.
_Por outro lado - continuou Tweedledum
_Se assim era, assim pode ser;
e se assim fosse, assim seria;
mas como não é, não é.
Isto é lógico."
[Alice no país das maravilhas]

Acompanha meu raciocínio abstrato.
o que foi é o que não é
e assim, não sendo, continua...
Foi, voltou e partiu.
Mas continua, de uma nova outra forma,
Continua dentro e sempre presente

As vezes tenta saltar pra fora do peito,
faz chorar, sentir falta e talz...
Daí a gente se apaga um pouquinho
deixa tudo fluir, derramar
pra no outro dia acordar mais belo

É assim meu sentimento, é assim presente, gift...
E fica aqui perto, aqui dentro, sendo sem ser...
Não é?

domingo, 8 de novembro de 2009

Você se importa?

Procurei tantas formas de me encaixar
(ser exatamente o que precisava que eu fosse)
Procurei me adaptar, me tornar aquilo que eu queria ser

Não sei o que mudou, não sei ao certo o que mudei...
Mas me sinto perdida dentro de mim mesma.
Me sinto sem rumo, sem porto seguro.

E essa solidão inesperada me tira tudo, me dá tudo.

Queria uma casa, uma montanha, uma fuga.
Dessa realidade, da minha, da sua.
Queria uma negação tão grande que afirmasse exatamente o que eu sou.
Abdicar de tudo, esquecer de tudo para restar somente eu.

E esse eu fosse tão forte, tão puro que me envolvesse por completo, a ponto de não precisar mais de outros braços para me embalar, outros colos para me ninar, outros eus pra me completar.

Queria que esse eu fosse tão eu que não me esquecesse jamais desse que sou.
Dessa grande confusão, dessa grande mancha, dessa grande mentira que sou.

Mas como me procurar assim dentro de mim se eu não sei onde me deixei?

Os sabores, os cheiros, os toques, tudo o que senti, vivi, tudo o que estou, todos os lugares que sou, tudo isso me impede de ser esse eu tão sutil e volátil que procuro.

E ainda existe o medo, esse medo que vem de dentro e não tem fundamento nenhum.
Esse medo exatamente do eu que procuro.
Esse medo do eu que procuro
Esse medo que procuro
Do eu.

Agora, nessa noite, de procura, me enterro em mim, me afogo nessas lembranças, exatamente pra esquecer de tudo e me encontrar.

Nada me falta.
E exatamente desse nada que mais preciso.

Dá-me de beber desse nada que me compõe!

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...