Peguei a chave
Subi as escadas
Abri a porta
Acendi a luz, liguei o ar, liguei o computador, me liguei...
Todo dia a mesma rotina, a mesma ordem.
E todo dia, depois de refazer esses todos mesmos passos, e ao me sentar em frente a esse computador percebo que foi tudo automático, que não prestei atenção em nada do caminho da minha casa até aqui e que a cada dia que passa eu me apago um pouco mais nessa vida igual.
Me liguei e vim dizer isso...
É sempre a mesma falta...
É sempre a dúvida entre me entregar no caminho esperado e imposto, ou me aventurar na minha vida.
É sempre escolher, escolher e escolher...
Será que as outras pessoas todas estão satisfeitas com suas vidinhas automáticas?
Todos os dias uma multidão de robôs sái de casa em direção ao trabalho, que nem sempre é o que queriam fazer.
Todos os dias as pessoas perdem coisas fantásticas a sua volta porque estão cegos e acostumados com sua rotina. Com seus afazeres, obrigações...
E todos eles julgam quem não aceite essas imposições...
Ontem eu voltava pra casa, alguma hora próxima à meia noite, não corria mas estava distraída com pensamentos e sentimentos que, já faz algum tempo, me tomam todo o tempo que tenho.
Na rua putas e mendigos.
Dividindo a pista comigo duas motos e um carro de placa de Betim.
Os motoqueiros andavam lado a lado, riam e faziam bagunça...
Decidiram fazer um retorno proibido, cortaram o carro de Betim pela direita e pararam.
Não sei o que fazia o motorista do carro, se ouvia música ou conversava, ou se estava como eu pensando sentimento.
Mas ele não parou.
Me liguei ali também. Reduzi, parei o carro a centímetros do outro.
Não, eu não bati, mas alguma coisa bateu aqui dentro. O coração disparou, eu ali sozinha no meio da rua, no meio do mundo. Eu ali, e a moto, e o carro.
Tudo acontecendo e eu pensando sentimento.
Sentimento, pode ficar comigo sim... Você é companhia pra minha falta... Mas vê se não me cega... Tô perdendo muitas coisas porque você exige atenção exclusiva.
Se você viesse acompanhado da presença, tudo bem... Mas a falta... Essa eu já cansei de sentir...
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segunda-feira, 29 de março de 2010
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