Suspiro
seco
ecoando
no
comodo
vazio
Assim,
sozinha em minha própria companhia
Descubro mais uma vez
O que meus instintos já haviam alertado.
Sim,
erramos,
a todo momento,
com quem amamos...
A descoberta do novo, do diferente, do encantador, inebria.
Embriaga.
E assim, bêbados dessa fuga do rotineiro,
do cotidiano,
acabamos por perder o que contávamos como certo.
Duvidando da nossa capacidade de reabilitação.
Da fé em consertar as todas coisas que erramos,
mantemos o erro em segredo,
duvidando também da capacidade dos outros de perdoar.
Nos ilhamos no nosso próprio medo
E tristes constatamos que assim fazendo,
Materializamos nossos maiores receios.
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domingo, 30 de maio de 2010
I hope some day...
domingo, 2 de maio de 2010
Fernando Pessoa
Far-te-ei um sonho meu. Ressuscitada
Tua alma mesma será outra e minha.
Libertar-te-ei de ti. Não eras nada.
Serás meu ser, não tu, como és agora
Teremos, o tempo e a terra em nós definham,
O amor nosso lugar, Deus nossa hora.
Como um Deus que pra amar um mundo cria,
Criar-te-ei. Achar-te-ei em Deus e em ti,
Perdido o antigo ser que te fazia
Não me amar, não amar, viver apenas
Uma vida vendida de si
A horas perturbadas e serenas.
Eu que subi a Deus, encontrarei
O fogo sagrado de Prometeu
Com que teu morto ser anunciarei,
Tua alma e corpo mortos totalmente
Novo Pigmalião farei do meu
Fogo viver/vivo, pra além de *.
F.P. [1909]
*espaço em branco deixado pelo autor.
Vem ver
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