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quinta-feira, 31 de agosto de 2023
Despedidas
Há um tempo atrás eu escrevi mentalmente cartas de despedida. Apenas três, pedidos de desculpa pelo o que eu deixaria de fazer, perdão pela bagunça, não foi por mal.
Há tanta crueldade nessa necessidade de se despedir, antes eu só pensava em ir embora e depois ia. Mas acontece que a vida, essa arrombada, ela tira pessoas do nosso caminho pra nunca mais voltar tão abruptamente e não, não existe esse momento onde nos abraçamos e nos despedimos. As cartas que ficam pertencem ao ficcional dos filmes, a gente nunca sabe quando é a última vez. A gente pode imaginar, mas saber? Não dá, é muito difícil.
Ainda assim, quando perdemos alguém, além do desejo de mais um minuto por favor, ficam as eternas despedidas que nunca tivemos, que nunca teremos, as despedidas que nunca teremos, as despedidas que nunca teremos. Os ritos, rituais e códigos que criamos pra nos despedir, nunca fizeram muito sentido pra mim, então como fazer para se despedir.
É natural querer mais quando é materialmente impossível? Talvez esse mais um minuto fosse grande merda, mas a gente romantiza. Romantiza tanto ao ponto de escrever cartas de despedida que nunca serão abraços calorosos, a gente coloca no papel um “eu te amo” que não vai amar mais, um “me desculpa a bagunça” que nunca vai arrumar nada. As despedida que nunca teremos face a face, só na cabeça.
Eu quero é sentir, mas estou anestesiado com as despedidas que nunca tive, as despedidas que nunca permiti, as despedidas que nunca dei, as despedidas que nunca terei.
Nunca, me desculpa.
Nunca.
quarta-feira, 23 de agosto de 2023
23 de agosto
Meu amor, tanta coisa que eu queria dizer, mas não com palavras, é tanto carinho, tanto contato, tanto amor que as vezes suspiro por não saber mensurar ou traduzir. Eu nunca esqueci seu aniversário, nunca. E agora que não posso estar perto fica mais latente essa pequena dor que é a sensação de não ter te aproveitado mais quando perto. Dói os desencontros quando a gente descobria só depois que queria a mesma coisa. Minha boca sente falta dos seus beijos e mais que tudo, seu cheiro quando te abraço, nos abraçamos. Eu amo o seu cheiro, e se pudesse engarrafar eu guardava pra esses momentos assim que eu queria estar mais perto.
Eu já falei muita coisa em forma de texto pra você, te amar e viver esses encontros me inspira muito. A gente era jovem quando eu já vislumbrava essa materialidade que a gente é, que a gente vive e volta mas eu não sabia, como as vezes ainda não sei, nomear. Você é amor, e quando falo que te amo não sinto como se a frase fosse uma vírgula ou coisa comum que se normaliza. Eu falo te amo com uma pressão no estômago, um arrepio na pele e uma sensação conhecida tão gostosa que tira sorrisos. E olha que sempre que muda, que sempre que evolui ou precisa se reencontrar, mesmo por qualquer coisa, ainda permanece esse sabor de vida inteira que eu já sentia nas primeiras vezes que sentamos no meio da rua, declamamos textos, nossos, dos outros, de dentro.
Nosso caminho até agora foi longo, turbulento e doloroso em alguns momentos, a gente se machucou pelo percurso e a gente se aceitou de volta e que felicidade ter você de volta. Então é claro que eu queria estar perto porque você me arranca sorrisos fáceis, me aquece o peito, você é amor.
Na falta da presença física, na sobra da saudade e nesse sentimento enorme de felicidade de ter na minha vida eu quero, mesmo que você já saiba, te lembrar que você é foda, maravilhoso, querido, amado, inspirador, belíssimo, amado, competente, lindo, amado, importante, foda, amado, amado amado. Na impossibilidade, temporária, da física material de um abraço, eu te abraço com essa carta, te amando daqui, do outro lado da linha do Equador, com coração aberto pra você e sempre, sempre, sempre te desejando realizações pra tudo que você quiser fazer na sua vida. Se cuida sempre pra que a gente possa logo menos se ver, eu tô dando o meu melhor aqui pra me cuidar pra poder te ver, saudades, apertos, carinhos. Eu te amo.
Eu já falei muita coisa em forma de texto pra você, te amar e viver esses encontros me inspira muito. A gente era jovem quando eu já vislumbrava essa materialidade que a gente é, que a gente vive e volta mas eu não sabia, como as vezes ainda não sei, nomear. Você é amor, e quando falo que te amo não sinto como se a frase fosse uma vírgula ou coisa comum que se normaliza. Eu falo te amo com uma pressão no estômago, um arrepio na pele e uma sensação conhecida tão gostosa que tira sorrisos. E olha que sempre que muda, que sempre que evolui ou precisa se reencontrar, mesmo por qualquer coisa, ainda permanece esse sabor de vida inteira que eu já sentia nas primeiras vezes que sentamos no meio da rua, declamamos textos, nossos, dos outros, de dentro.
Nosso caminho até agora foi longo, turbulento e doloroso em alguns momentos, a gente se machucou pelo percurso e a gente se aceitou de volta e que felicidade ter você de volta. Então é claro que eu queria estar perto porque você me arranca sorrisos fáceis, me aquece o peito, você é amor.
Na falta da presença física, na sobra da saudade e nesse sentimento enorme de felicidade de ter na minha vida eu quero, mesmo que você já saiba, te lembrar que você é foda, maravilhoso, querido, amado, inspirador, belíssimo, amado, competente, lindo, amado, importante, foda, amado, amado amado. Na impossibilidade, temporária, da física material de um abraço, eu te abraço com essa carta, te amando daqui, do outro lado da linha do Equador, com coração aberto pra você e sempre, sempre, sempre te desejando realizações pra tudo que você quiser fazer na sua vida. Se cuida sempre pra que a gente possa logo menos se ver, eu tô dando o meu melhor aqui pra me cuidar pra poder te ver, saudades, apertos, carinhos. Eu te amo.
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