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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A falta.
Da palavra
Do sentido
Da forma

A falta
Que não quero sentir
Que tenho sentido
Que vou sentir

Posso me esconder da falta
Esconder a falta de mim
Ou viver sem contar que sinto falta?

Repetição pra ver se desgasta
- ou desgosta
Páro o tempo pra sentir a dor de tentar esquecer o que passou, que é maior do que a dor de esquecer... Mas como esquecer se lembro a todo momento que já não penso mais em ti?


E essa minha (des)necessidade comentar sobre a falta de tudo... Que (in)paciência de me escutar... Vai viver vagabundo!

O cachorro que não tivemos, a geléia que ele gosta, a porra louca do vizinho que me dava ciúmes. Cansei de tudo e de mim. Vou viajar, ir pro meio do nada. Talvez tenha me esquecido por lá...

domingo, 4 de janeiro de 2009

O quarto vazio, mais do que nunca...
No sofá, roupas jogadas, o violão (que não é meu), na estante a tv (que não é minha), o computador...
O espelho que me mostra que mudei pouco, o cabelo sem corte, uma espinha nova, a marca do óculos de aro largo...
Na boca uma lembrança, ou duas...
Livros, livros e livros... Pelo menos me deixam contente...
Cds, dvds, o celular, um pacote de folhas que comprei ano passado...
Lembranças tão recentes que não deveriam reavivar lembranças antigas...
Se procurar nos cantos, nas gavetas, memórias de passados distântes, recentes, que não passaram ou que não aconteceram... Mas minhas lembranças... E me compõem, e me formam, e me significam...
Eu estou por todos os cantos do meu quarto, na gaveta de roupas vazia, no pijama que ainda não foi lavado e que se esconde no armário, nas mil e uma caixas que estão abarrotadas de momentos, nas mensagens do meu celular, nas fotos do álbum...
Estou aqui... Mas talvez não queira estar... Queria estar meio longe, e só... Sem as lembranças físicas... Só com o sentimento... Pra poder ter uma distância segura para avaliar, remodelar e reescrever a minha história.
Se fôr pra lembrar com dor, é melhor esquecer...
Então...
Reestruturo o meu quarto.
A minha mente.
A minha vida.
Eu.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...