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sábado, 31 de janeiro de 2009
O 'nada'...
SE EU SOUBESSE ANTES O QUE EU SEI AGORA NUNCA ABRIRIA A BOCA PARA PROFERIR O QUE QUER QUE SEJA QUE FOSSE CONTRA VOCÊ
SE EU JÁ CONHECESSE O CAMINHO DESVIARIA DE CADA BURACO, CADA MURO, CADA PONTO PRA EVITAR FAZER VOCÊ CHORAR
SE EU NUNCA TIVESSE MEDO DE ESCURO ABRIRIA ESTRADAS POR CADA NOITE ESCURA LONGE DE TI QUE ME LEVASSEM PARA SEU LADO
SE EU JÁ SOUBESSE DO RESULTADO, TALVEZ EU MUDARIA TUDO PRA TER OUTRO FIM...
MAS PENSANDO BEM... SE NÃO FIZESSE TUDO EXATAMENTE DO JEITO QUE EU FIZ, NÃO SABERIA NADA, NÃO VALERIA DE NADA, NÃO SERIA NADA
PREFIRO TUDO DO JEITO QUE ESTÁ, PELO MENOS EU CRESCI NO MEU CAMINHO...
NÃO QUERO UM CAMINHO NOVO...
QUERO UM NOVO JEITO DE CAMINHAR...
SE EU JÁ CONHECESSE O CAMINHO DESVIARIA DE CADA BURACO, CADA MURO, CADA PONTO PRA EVITAR FAZER VOCÊ CHORAR
SE EU NUNCA TIVESSE MEDO DE ESCURO ABRIRIA ESTRADAS POR CADA NOITE ESCURA LONGE DE TI QUE ME LEVASSEM PARA SEU LADO
SE EU JÁ SOUBESSE DO RESULTADO, TALVEZ EU MUDARIA TUDO PRA TER OUTRO FIM...
MAS PENSANDO BEM... SE NÃO FIZESSE TUDO EXATAMENTE DO JEITO QUE EU FIZ, NÃO SABERIA NADA, NÃO VALERIA DE NADA, NÃO SERIA NADA
PREFIRO TUDO DO JEITO QUE ESTÁ, PELO MENOS EU CRESCI NO MEU CAMINHO...
NÃO QUERO UM CAMINHO NOVO...
QUERO UM NOVO JEITO DE CAMINHAR...
sábado, 24 de janeiro de 2009
DESENCONTRÁRIOS
Mandei a palavra rimar,ela não me obedeceu.Falou em mar, em céu, em rosa,em grego, em silêncio, em prosa.Parecia fora de si,a sílaba silenciosa.Mandei a frase sonhar,e ela se foi num labirinto.Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.Dar ordens a um exército,para conquistar um império extinto.
Paulo Leminski
Esse sentimento já tão conhecido de impotencia...
Estar a deriva num mar imprevisível, imenso
Essa sensação a muito não tomava conta de mim.. A muito não deixava que tomasse conta de mim... Porque agora então? Porque sentir-se assim agora, quando nada é certo?
Algum dia foi?
Adormeço no meu sem fim... Pensamentos, fatos, cores, textos... Sonho acordada, enrubeço, caio e me refaço...
"Não sei se fico ou se passo..."
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
RAZÃO DE SER
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
O sol indeciso não sabe se brilha não sabe se chora.
A rua deserta, reta, curva me leva por caminhos que já vi.
Mas ainda sim se diferem...
Sensações parecidas, mas não iguais...
Abandono...
De mim mesma... Por mim mesma...
Abandono-me para me encontrar, me encontro em cada casa canto escuro do quarto.
Encontro por todos os lados, só pra me perder novamente.
Me confundo, me decido, volto atrás, me recolho...
Essa inconstancia, essa insatisfação, esse medo.
É, é isso mesmo.
Medo.
Medo de tentar de novo, medo da rejeição... Puro e simples medo...
Medo de não valer a pena...
Mas sempre vale... Até pra dizer o contrário...
Por esse caminho diferente me arrisco a errar, me arrisco a perder e me arrisco a ganhar.
Arriscando, subindo no alto da pedra a espera do momento que flutua.
Que flutue...
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
O sol indeciso não sabe se brilha não sabe se chora.
A rua deserta, reta, curva me leva por caminhos que já vi.
Mas ainda sim se diferem...
Sensações parecidas, mas não iguais...
Abandono...
De mim mesma... Por mim mesma...
Abandono-me para me encontrar, me encontro em cada casa canto escuro do quarto.
Encontro por todos os lados, só pra me perder novamente.
Me confundo, me decido, volto atrás, me recolho...
Essa inconstancia, essa insatisfação, esse medo.
É, é isso mesmo.
Medo.
Medo de tentar de novo, medo da rejeição... Puro e simples medo...
Medo de não valer a pena...
Mas sempre vale... Até pra dizer o contrário...
Por esse caminho diferente me arrisco a errar, me arrisco a perder e me arrisco a ganhar.
Arriscando, subindo no alto da pedra a espera do momento que flutua.
Que flutue...
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
pre-depois
MEIO PERDENDO A NOÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO... NÃO SEI MAIS QUE DIA É HJ, O QUE FOI, O QUE SIGNIFICA...
NÃO LEMBRO DA COR DOS MEUS OLHOS QUANDO ACORDEI, NÃO SEI SE VOCÊ SORRIU AO ME VER DORMINDO
NÃO SEI SE CHOREI QUANDO TE PERDI
SEI QUE SINTO FALTA DO QUE NÃO LEMBRO
SINTO FALTA DO QUE NÃO VIVISINTO FALTA DE TER O QUE SENTIR
FICO ACORDADA ESPERANDO UMA LIGAÇÃO
FICO ANSIOSA QUANDO ANDO POR RUAS JÁ TÃO CONHECIDAS
FICO ANIMADA COM A VISÃO AO LONGE DE ALGUÉM QUE ME LEMBRA VOCÊ
MAS A PESSOA PASSA, O TEMPO PASSA, A VIDA PASSA
EU? EU FICO, E SÓ.
PRA SEMPRE?
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Flaneur
1ª, 2ª e 3ª pessoas
'Querer...
Você sabe que eu te quero?
Sonhar...
Sentir...
Você sabe que sonho com teus carinhos?
Desejar... '
Depois de tanto tempo sem querer amar, quis... E a menina se perdeu no medo de se entregar... E perdeu também a chance de falar... Quis deixar pra depois, mas o depois não dá espaço para atrasos...
A menina sorri ainda ao ver quem quer bem, mas não conta... É segredo dos mais secretos que guarda pra si. Só.
A menina também tem ciúmes. Do que não tem sentido de ser e de ter. Como ela pode ter ciúmes de alguém se esse alguém nem sabe do seu querer bem?
Quisera eu falar por ela, mas não posso. Não me deixo invadir a vida real dela... Eu sou só o escape, a fantasia... Sou quem faz tudo o que ela deseja, sonha, quer acontecer. E ela me ama por isso. Mais do que devia as vezes... Se esquece do mundo real. Mas o que é real?
Esse sentimento é real... De medo de gostar do outro, de medo de se abrir o coração e o ter arrancado antes da hora.
"E existe hora pra se arrancar um coração?"
Não! Não existe... Mas entende, ela queria poder aproveitar o sentimento, curtir, sentir no mais real da palavra, antes de ter arrancado o coração...
"Mas assim não dói mais?"
Dói! Mas ela não sabe! E do que vale a vida se basear em não-ocorridos? Ela quer dizer que sentiu, que viveu... Que fez...
"Veja, a menina está chorando... Uma criança já, e chorando."
Ela confusa, ela feliz, ela triste... Ela do jeitinho que ela é.
Ela:
O QUE É O CHORO. ESSE ATO TOLO DE DERRAMAR LÁGRIMAS PELOS OLHOS...
ESSE FICAR TRISTE QUE NÃO TEM FIM
ESSE LEMBRAR DE CADA DOR CADA DESAFETO CADA DERROTA
PRA QUE LAVAR A CARA SE AS MARCAS JÁ SÃO PROFUNDAS O BASTANTE PRA NÃO SAIREM
NUNCA
O QUE É ESSA ESPERANÇA QUE NUNCA MORRE
POR MIM ACABAVA LOGO COM ESSA HISTÓRIA DE DIAS DE SOL, BORBOLETAS NA JANELA PÁSSAROS CANTANDO...
melhor não... dorme e sonha...
Você sabe que eu te quero?
Sonhar...
Sentir...
Você sabe que sonho com teus carinhos?
Desejar... '
Depois de tanto tempo sem querer amar, quis... E a menina se perdeu no medo de se entregar... E perdeu também a chance de falar... Quis deixar pra depois, mas o depois não dá espaço para atrasos...
A menina sorri ainda ao ver quem quer bem, mas não conta... É segredo dos mais secretos que guarda pra si. Só.
A menina também tem ciúmes. Do que não tem sentido de ser e de ter. Como ela pode ter ciúmes de alguém se esse alguém nem sabe do seu querer bem?
Quisera eu falar por ela, mas não posso. Não me deixo invadir a vida real dela... Eu sou só o escape, a fantasia... Sou quem faz tudo o que ela deseja, sonha, quer acontecer. E ela me ama por isso. Mais do que devia as vezes... Se esquece do mundo real. Mas o que é real?
Esse sentimento é real... De medo de gostar do outro, de medo de se abrir o coração e o ter arrancado antes da hora.
"E existe hora pra se arrancar um coração?"
Não! Não existe... Mas entende, ela queria poder aproveitar o sentimento, curtir, sentir no mais real da palavra, antes de ter arrancado o coração...
"Mas assim não dói mais?"
Dói! Mas ela não sabe! E do que vale a vida se basear em não-ocorridos? Ela quer dizer que sentiu, que viveu... Que fez...
"Veja, a menina está chorando... Uma criança já, e chorando."
Ela confusa, ela feliz, ela triste... Ela do jeitinho que ela é.
Ela:
O QUE É O CHORO. ESSE ATO TOLO DE DERRAMAR LÁGRIMAS PELOS OLHOS...
ESSE FICAR TRISTE QUE NÃO TEM FIM
ESSE LEMBRAR DE CADA DOR CADA DESAFETO CADA DERROTA
PRA QUE LAVAR A CARA SE AS MARCAS JÁ SÃO PROFUNDAS O BASTANTE PRA NÃO SAIREM
NUNCA
O QUE É ESSA ESPERANÇA QUE NUNCA MORRE
POR MIM ACABAVA LOGO COM ESSA HISTÓRIA DE DIAS DE SOL, BORBOLETAS NA JANELA PÁSSAROS CANTANDO...
melhor não... dorme e sonha...
Chego em casa, tudo em seu lugar...
A caneta no chão da sala, a janela entreaberta, a cadeira parece olhar prum quadro... Seu.
Seu sorriso pintado na parede do meu quarto.
Tudo no seu lugar e eu deslocada.
Eu perdida em mim.
Eu, só.
Pensei em escrever algumas linhas pra você, pensei em talvez mandar uma carta...
Pra onde?
Não sei onde você está. Sei que não está aqui.
Em mim.
Talvez escondida, mas não te alcanço, e te procuro e me perco.
Eu, só.
A caneta no chão da sala, a janela entreaberta, a cadeira parece olhar prum quadro... Seu.
Seu sorriso pintado na parede do meu quarto.
Tudo no seu lugar e eu deslocada.
Eu perdida em mim.
Eu, só.
Pensei em escrever algumas linhas pra você, pensei em talvez mandar uma carta...
Pra onde?
Não sei onde você está. Sei que não está aqui.
Em mim.
Talvez escondida, mas não te alcanço, e te procuro e me perco.
Eu, só.
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