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domingo, 25 de abril de 2010

Me chama?

Olá! Tem alguém em casa?
Ela pergunta entrando na sala vazia,
Vazia dela...
As coisas todas que estão espalhadas pela sala de nada lembram que alguma vez ela esteve ali,
entregue.
A luz fraca, oscilante, lembra uma vela que tremula ou tremulava no quarto,
Vazio...
Vazio dela...
Nada ali,
a não ser ela mesma,
lembra que alguma vez ela esteve ali,
Entregue...

Olá! Tem alguém aí?
Ela pergunta ao entrar no coração,
que ainda guarda um espaço dela,
só dela...

Mas a vida...
Oh! A vida!
Ela parece não ter mais espaço...
Não o espaço que ela queria ocupar...
Então ela recolhe os restos das coisas...
Os restos dela mesma que ficaram espalhadas por alguns cantinhos empoeirados da casa
E se prepara pra partir novamente...

Espera talvez um chamado, talvez um toque...
Espera.
Espero.

Não tinha data

A noite começa...
Uma dose,
uma conversa,
dança um pouco...

Bebe,
outra dose,
dança,
conversa,
ri...

Esquece
esquece
esquece...
Esquece todos os problemas...
Esquece seu nome,
sua cor,
sua vida...
Esquece seus problemas,
esquece os problemas dos outros...

Esquece o seu lugar,
esquece a falta de lugar...
Esquece o que sente...

Toma!
Mais uma dose!
E o mundo gira...

[Mas ele não gira sempre?]

Gira. Mas gira mais...
A noite começou...
Dança,
gira,
bebe,
esquece.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...