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domingo, 8 de maio de 2011

Arrepio percorre frio, como um suspiro leve aos ouvidos.
Um sopro sorriso que beija a nuca.
Um corpo todo arrepio.

domingo, 1 de maio de 2011

I've been tired...

Tenho andado cansada. Dormido demais. Bom, dormido não, com sono. Mas sempre que tento dormir, o sono, esse danado, desaparece sem deixar rastros. Os dias passam, a vida passa e eu estou aqui, no mesmo lugar me perguntando como foi que cheguei aqui.
Aqui nesse alto do morro, ou fundo do poço. Não sei a diferença, se esta existir. Sei que estou cansada e estou aqui. Com sono.
E andei muito, os caminhos nem foram os mesmos, mas também não me levaram a lugar nenhum. Mas estou nesse lugar... Vazio, cheio de eco e de sombra. Não! Cheio de falta! Falta de coisas, pessoas, não sei! Mas cheio desse eterno sentimento de urgência. Essa falta gigantesca que envolve e ocupa todo esse lugar vazio. Mas não se pode ver a diferença. Ela acontece dentro da gente. O lugar parece vazio visto de fora. Mas se sente todo esse peso empurrando a gente sabe-se lá pra onde. E deixa cansada, exaurida. Sem forças pra sair, sem forças pra levantar.
Tentei sorrir esses dias, mas não foi muito eficaz. Acho que mostrei os dentes, mas deve ter parecido um rosnar... Sei que não foi muito sincero... Não! Diria que não foi muito natural. Ninguém nunca repara... Mas é difícil quando não se consegue sorrir. Viver cansa demais quando o fundo do poço, ou o alto do morro fica assim preenchido de falta e vazio.
Talvez tenham passado pessoas por mim. Mas já me tornei tanto parte da paisagem que ninguém reparou ali no meio: eu. Sozinha, triste e vazia. Parece que falta vida, cor... Sim, cor! Eu sei onde procurar, mas tenho vergonha de pedir por elas. Acho que o vazio tem cor de cinza. Ah! Além de tentar sorrir eu tentei colorir esse vazio. Achei um estojo cheio de lápis de cor. Passei o dia esfregando por todos os lados. Mas a tinta simplesmente escorria. Logo desisti.
Desistir tem sido fácil. Talvez demais. Talvez seja a falta de forças, ou de cor... Talvez até o sono, a dor. Sei que sozinha nesse vazio cheio de falta, as coisas perdem um pouco o sentido... E o sentimento que resta é só de insignificância. Como se o mundo não sentisse falta de mim, das minhas cores, ou dos meus sonhos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

death

Tudo me mata.
Acordar, sorrir, chorar, sentir falta, amar, odiar...
Tudo isso me sobrecarrega, custa muito, me descarrega...
Repetir tudo isso, diariamente, tragicamente... 
Me mata!

Você me mata, eu me mato.
E todo resto é mentira.
Verdadeiramente.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vai

Bate, apanha, volta, parte, participa, abandona. Vai. Faz falta, fez falta. Ferve. Me grita. Silencia. Não chama. Se apaga. Mantém, forma. Transgride. Retorna. Significa e volta, volta... Volta?

sábado, 12 de março de 2011

O carteiro

Fiquei esperando, o dia todo, um sinal... Uma notícia... Aviso, que fosse...
Passei o dia todo alimentando aquele sentimento de ansiedade quando se espera algo que se quer muito, como a chegada do correio, o início do horário de almoço, o fim do expediente.
Mas olha o céu... O dia está acabando, minha força parece desaparecer junto com o sol e aqui, admirando esse pôr-do-sol tudo o que eu quero fazer é chorar essa "tristezinha" que formou aqui dentro por essa falta de comunicação...
O tempo, o universo, o não sei o que, parece estar conspirando contra minhas esperanças... Se eu não crio expectativa, tudo bem, as coisas vão acontecendo... As dores não são grandes, as alegrias sim... Mas quando espero tudo inverte. Alegrias não tem o peso de uma formiga... Mas as tristezas pesam o mundo...
E eu aqui fraquinha demais pra conseguir segurar...
Fiquei esperando o dia todo... Mas não... Não recebi nenhuma carta...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

É ruim viver sem ele...

Vou vagando por aí, perdida entre pessoas e lembranças. Acho que não sei mais separar o real do imaginário, acho que nunca soube. E por mais poético que isso tudo seja, por mais poética que eu seja, não é suficiente pra viver. Não se vive de amor, acredita?! Eu que sempre vivi dele... Descobrir que não me nutria! Oras! Tenho andado por aí sem acreditar em nada e duvidando de tudo. Tenho sentido saudades que não sei se deveriam ser sentidas, faltas que apertam o meu peito e queimam... Mas queimam esse espaço vazio, empty, mas cheio de coisas que eu não sei nominar. Meu coração voltou a bater do lado errado, o de fora... Mas agora não, ele não volta pro meu peito, e dói, longe, mas dói. Quem já sentiu o coração doer longe entende, é estranho, é pesado e eu caminho por entre pessoas e por lugares que não me fazem diferença, mas sempre te enxergo, com meu coração sofrido, dolorido, machucado... Aproveita que ele está em seus braços e cuida dele pra mim, eu já não posso.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...