Pintei a perfeição em minhas linhas...
Minha musa.
Minha...
A musa que escrevi já não pensa mais em mim.
Não há ligação, não há necessidade...
E na minha intensidade busco a quem pintar.
Outra musa.
Não me falaram que musas estão em extinção hoje em dia.
As que existem já tem outros autores apaixonados escrevendo sobre elas.
O jeito é dividir...
Ou não ter...
Ou inventar.
À minha musa.
Menina dos olhos sorridentes, cabelos cor do trigo, risada gostosa, falar doce...
A minha menina não gosta de pipoca.
Não canta no chuveiro.
Não sobe ladeira.
Não me ama.
A minha musa imaginada sorri sentada ao meu lado. Me cutuca atrapalhando a digitação.
A minha musa não tem sede, não tem frio, não tem sono.
Ela é eterna nesse intante agora. Enquanto descrevo o que crio pra ela.
A minha musa... Minha musa pode ter me metido medo, pode ter partido meu coração, pode ter me amado.
Mas agora, aqui. Ela não ama. Nunca me viu. Não me conhece.
A menina dos meus olhos ora se parece comigo.
Ora anda gingado, joga futebol.
As vezes menina de olhos verdes, óculos de aro grosso, sorriso acanhado, paixão por livros.
Outras, menina da cor da jabuticaba, pele macia, gosto viciante.
Todas elas são a mesma. A minha musa inventada. A que nunca me viu, a que morre de amores, a inocente, a provocante.
A sempre. A nunca. Aquela que me salva na hora que meu coração sangra sem que ninguém saiba. Na hora que choro sem contar o motivo a quem me faz chorar.
Ela sempre me consola quando eu me escondo. Por isso é minha e por isso é musa.
"Não quero seu rastro sobre mim. Eu me exorcizo e adeus, tudo que eu quis agora quero bem longe de mim."
Quero?
I don't think so...
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ResponderExcluiras vezes queremos, as vezes não...
mas cada um sabe a dor que lhe convem,
a de esquecer, ou a de amar... incondionalmente.
Nossa, que texto lindo! Ah, Tati, você escreve demais, puta que pariu, me vende um pouquinho do teu dom?
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