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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

L: Não! Nós não somos a mesma! Mas acho que seria mais fácil, mais leve..
E: Mas eu não quero ser igual a você! Mas quero que você pare de ser assim, tão eu...
L: É inevitável, você sabe... A gente é pedaço do mesmo ser, não tem outra explicação...
E: Sabe porque eu te odeio? Porque sempre que eu lembro de você eu sinto essa raiva a quase explodir meu peito... Raiva de tudo o que você é, porque é 10 mil vezes melhor do que eu.
L: Eu não sou melhor que você... Poxa! Eu te amo!
E: Não... Não pode... Você não pode me amar quando estou com ódio de você. Mas eu não quero, sabe, sentir esse ódio.
L: Não sinta!
E: Caralho! Você sabe que eu te amo! Você sabe que quando eu penso em velhice é você que eu vejo por perto, você sabe que ninguém entende esse amor que coabita em nós que não se pega. Você é minha melhor amiga. Mas eu te odeio hoje, como te odiei aquele dia. Porque por mais que você me dê muitas coisas, você tira muito mais do que pensa. Eu te odeio por ser tão foda, eu te odeio por melhorar sempre, eu te odeio por te amar. E isso não ser suficiente pra eu parar de te odiar. Eu te odeio por amar... Por amar ela.
L: Para. Eu não consigo te entender mais... Você vai ter que escolher. Ou ama, ou odeia.
E: Não tenho que escolher...
L: Tem sim! Se controla e decide. Você me ama?
E: Lógico!!!
L: Então para de me odiar.
E: Preciso de um tempo pra pensar.
L: O que mais você precisa pra pensar? Eu estou ficando cansada disso. Quer saber, eu é que preciso de um tempo de você.
E: Melhor... Vai! A gente se entende à distância... Mas não demora a voltar, posso sentir sua falta.
L: Eu vou sentir a sua.

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