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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pra quê?

A: Senti o seu cheiro hoje. Não sei de onde veio, mas eu puxei o ar e lá estava ele. Delicioso! E esse cheiro me levou de volta a épocas passadas, lembranças... Mas de uma maneira tão real que parecia estar vivendo aquilo de novo.
Mas como ele veio, ele foi.
Talvez você tenha se lembrado de mim no meio da tarde. E sentir o seu cheiro foi o jeito da vida falar, olha! Ela ainda lembra.
Mas não vejo o por quê disso tudo. Já faz tanto tempo, não? Mas fiquei feliz... Seu cheiro ainda mexe comigo. O arrepio que cresce da nuca pra todo o corpo. As pernas que ainda fraquejam... O calafrio das borboletas no estômago...
Acho que eu lembrei porque não quis te esquecer...


Sentir o seu cheiro hoje doeu. Mas foi inútil...


Talvez eu tenha mesmo te esquecido.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sobreviver...

A: Ainda dói. Eu já te disse? Dói especialmente quando respiro e não é o seu cheiro que enche meu peito.
E: Por que você me diz isso agora? Eu já não espero na sua porta sem coragem pra tocar a campainha, já não espero você me ligar, não espero você vir com suas palavras ou seus carinhos.
A: Eu assisti um filme hoje...
E: Não vejo motivo pra alongarmos essa conversa.
A: Você já tinha me falado dele antes. E eu assisti, você não estava do meu lado, não estava perto. Acho que se escondeu em algum lugar, dentro.
E: Eu tentei te jogar fora, arrancar com as unhas... Mas não dá. Sempre tem um detalhe, um belo minúsculo e especial detalhe que me leva pra você, eu tento ligar essas coisas, essas mágicas a outras pessoas. Em vão.
A: Eu não quero ter que te esquecer.
E: Uma hora vai ser inevitável...
A: Eu já poderia ter feito.
E: ...
A: ...
A: Você pode um dia me visitar? Só passar um tempo em silêncio comigo?
E: Dos seus silêncios é que sinto mais falta. São tão sinceros...
A: Já é quase hora...
E: Sim, é hora! Meu ônibus, adeus.
A: Adeus, não se esqueça!
E: Não tenho lembrado de nada além.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

See you at the bitter end?

Foi, era, voltou, fez falta, partiu, sonhou, chorou, sorriu...


Com a mesma boca disse mil maravilhas, mas também maldisse quando estava no ápice do nervosismo.


Mentiu? Ainda não sei, sei que foi, era, voltou, fez falta, partiu, sonhou, chorou, sorriu...


A saudade ainda aperta pequenina no peito, esperando um dia que pode não chegar, que pode ter passado.


A voz conhecida ainda arranca felicidadezinhas de dentro do sorriso escondido.
Escondido junto com todo o resto. O bom, o ruim e o nada.


Esse por sinal ocupa muito espaço...


Ele vai, é, volta, faz falta, parte, sonha, chora... Sorri,

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Teatro (cenas)

A - Não, e nem você!
E - Você sabe das faltas? Dos apertos? Das vontades loucas de correr e te abraçar?
A - Não sei se eu quero te ver de novo.
E - Eu sempre quero.
A - Essa noite eu estou sozinha... E não quero lembrar de você.
E - Essa madrugada, os prédios, as ruas... Tudo tão sem sentido.
A - Porque você não veio quando eu te chamei.
E - Eu não saí da porta da sua casa. Mas não tive coragem de tocar a campainha...
A - Você podia ter feito tudo tão diferente... No início... Era só dizer sim.
E - Não... E nem você... Acho que a gente não deve... Não pode... Não consegue.
A - Espera... Mais um minuto.
E - Não tenho mais nada pra falar pra você. Além de tudo que já te disse...
A - Então fica em silêncio comigo?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Respir(Ar)

Aquele bichinho remexe no meu peito de novo...
Se debate, se estica e parece tomar conta do corpo inteiro.

E a raiva vai crescendo, tomando o espaço das coisas boas que tenho na memória.
E tudo volta, os vícios, os descontroles, as faltas... Principalmente de ar.
Posso respirar fundo, mas é insuficiente...
Esse bichinho fica com meu oxigênio, com meu amor, com a minha razão... Com a minha paz.

E pra não fazer mal pra ninguém, pra não ser grossa, pra não errar, eu vou ficar quietinha.
Feito bicho do mato, dentro da toca, escondida... 
Pra ver se passa.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Coração de pedra, Anderson Aníbal?

Meu coração se aquietou...
Entrou no compasso, recuperou o ritmo e agora se aninha no seu colo.

'Meu coração é um paralelepípedo'...

Meu coração é um redemoinho, e hoje estou contente.

Meu coração é uma poça, me deixa carente.

Meu coração é uma arma, me enfraquece.

É que meu coração ama...

É forte, é fraco, é seu, é meu...

É tudo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

É tanta história, é tanta vida...
Conheço tão pouco mas já me sobrecarrega.
E a minha história? Quem lê? 
Quem acompanha?
Tem seguidores?
Tem fãs?


Quem é que espera por mim no fim da curva?
Da linha?
Da estação?


Quem vai abrir os braços, o sorriso, quem?


Fiquei tão triste, no meio de tanta alegria.
De que me vale?
É doce?
Que seja!
Doce, leve, do jeito que espero.

Vem ver

Beringela

     Hoje eu quis falar com você, conversar sem nenhuma restrição sobre tudo o que fosse e é e será. Hoje eu quis muito que a cozinha fosse ...