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sábado, 18 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Interrogação
Neste tormento inútil, neste empenho
De tornar em silêncio o que em mim canta,
Sobem-me roucos brados à garganta
Num clamor de loucura que contenho.
Ó alma da charneca sacrossanta,
Irmã da alma rútila que eu tenho,
Dize para onde eu vou, donde é que venho
Nesta dor que me exalta e me alevanta!
Visões de mundos novos, de infinitos,
Cadências de soluços e de gritos,
Fogueira a esbrasear que me consome!
Dize que mão é esta que me arrasta?
Nódoa de sangue que palpita e alastra…
Dize de que é que eu tenho sede e fome?!
Tenho fome e sede do que me faz falta...
Tenho vontades e saudades, tenho faltas e lembranças...
Tenho o que me acompanha e o que clama e grita e berra.
Tenho tudo isso, e não me basta... Queria talvez a sobra de quem se banha nos desejos, de quem se alimenta de sonhos...
alimenta-me?
quinta-feira, 26 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
D(ex)cobertas...
quarta-feira, 18 de março de 2009
(in)Comum
sábado, 14 de março de 2009
Hoje eu acordei.
Minha família me rejeitava e eu sofria.
E o abrigo e proteção que consegui vinham exatamente de quem eu precisava,
meus amigos.
Amigos que podem não ter tanto tempo assim, mas que já me cativaram, amigos mais antigos que já tinham seu espaço reservado no meu querer bem, amigos que podem não ter uma intimidade tão grande, mas que são mesmo assim parte de um apoio que me
compõe.
Hoje eu acordei triste e carente e com medo.
Medo do que iria sofrer se isso realmente acontecesse.
Mesmo sabendo da proteção e carinho que receberia da minha outra família,
a que eu escolhi.
Quando acordei o céu nublado não conseguia diminuir o calor que o sol mandava. E o senti todo. Calor, abafamento, sufocamento... Esse sonho me fez entrar em crise,
por mais que fosse somente um sonho,
os sentimentos eram tão fortes
que saltaram dele pro meu acordar
e eu chorei num choro calmo e tranquilo
tudo o que tenho guardado dentro do peito,
toda dor,
toda mágoa,
toda falta...
Acordei num misto de raiva e alegria.
Eu sei que tenho amigos que me apoiariam, mas mesmo assim, tenho medo do tanto que meu coração pode doer.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Flores(ser) - O Antes
Quem um dia vai entender que elas são o que eu sou...
Se fico triste lembrando é porque eu quero sorrir pensando no que já enfrentei e consegui.
Essas coisas não sáem da minha cabeça, do meu corpo, do meu coração, do meu espírito...
Não sái de mim...
Não vai embora e nem queria que fosse...
Isso tudo sou eu, simples e complexamente.
Tive vontade de sair por aí, correr, gritar, chamar, chorar, sorrir.
Tive vontade de ouvir... Ouvir ouvir ouvir...
Escutar tudo o que viesse de você, cada caso, cada casa, cada tropeço-vitória-ânsia.
Cada minúcia que por acaso quisesse me contar.
Estaria ouvindo, calada, sorrindo.
Tive vontades...
Tive esperanças...
E matei-as uma por uma. A sangue frio. Com muita dor...
Pra mim.
Sou forte, sou triste, sou nostálgica, sou confusa, sou medrosa, sou saudosista, sou megalomaníaca, sou responsável e 'in', sou uma muralha e sou fraca, fraca, fraca.
E só.
Não por não ter ninguém comigo, ao lado, por perto, pensando, torcendo...
Mas por ser humana, e saber que as escolhas e colheitas são minhas.
E minha culpa. Caso perca, caso ganhe.
Não sou só por dispensar companhias que me são tão agradáveis e tão especiais.
Sou só por saber que ninguém jamais vai entender por completo o que sou eu.
Como eu nunca vou entender o que é cada um dos que quero bem.
E quis...
Somos únicos e singulares e tudo o mais que estamos cansados de ouvir.
Mas hoje eu percebi que somos sós. Por mais íntima que alguém possa ser, por mais que possa compreender e respeitar, sempre temos algo só nosso que as outras pessoas se recusam a entender.
Não digo isso com tristeza. É simplesmente o que eu sou. E ninguém tem que se preocupar com isso. Talvez porque é o que me faltava aceitar, tenho sido gentil esperando coisas em troca. E para quê? Não quero nada em troca, nem que reparem na minha gentileza. Assim sou e faço porque é o que necessito fazer. Como vivo, como me aceito.
Sou assim, ame ou odeie.
Não faço tudo o que falo... Mas tenho tentado ser o mais justa possível com minhas palavras.
Não sou perfeita, mas identifico meus erros e corro atrás para saná-los.
Meus defeitos são também bases para toda a minha estrutura.
Nem por isso mantenho-os.
Nem por isso acabo com eles.
Um dia de cada vez, um passo a cada vez, um erro, um problema, uma coisa de cada vez. Esperando, sorrindo, chorando... Tudo no seu tempo. Tudo na sua hora. Tudo na medida certa pro coração não amolecer demais e nem virar rocha. Tudo como deve ser... Naturalmente...
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